O Hamas enfrenta pressão crescente após ultimatos de Israel e Estados Unidos para a libertação de reféns e rendição, em meio à intensificação do conflito em Gaza que já deixou mais de 64 mil mortos.
Em um momento crítico do conflito, Israel e Estados Unidos emitiram alertas contundentes ao Hamas, exigindo a libertação imediata dos reféns e a rendição do grupo. Paralelamente, um ataque em Jerusalém Oriental resultou em seis mortes, incluindo um cidadão espanhol.
* O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, fez um “último aviso” ao Hamas através da rede social X, declarando que se os reféns não forem libertados e as armas não forem depostas, “Gaza será destruída e vocês aniquilados”.
* O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, também emitiu um alerta ao Hamas, afirmando que “os israelenses aceitaram minhas condições” e que era hora do grupo fazer o mesmo.
* Em resposta, o Hamas informou ter recebido propostas americanas para um cessar-fogo através de mediadores, manifestando disposição para retomar negociações sobre a libertação dos reféns, condicionada ao fim da guerra e retirada israelense de Gaza.
A intensificação das operações militares israelenses na Cidade de Gaza resultou em novos ataques, com a Defesa Civil local reportando a morte de dez palestinos, incluindo três crianças menores de cinco anos. No hospital Al Shifa, cenas de luto se multiplicam enquanto famílias choram suas perdas.
O Exército israelense controla aproximadamente 75% da Faixa de Gaza e 40% da Cidade de Gaza, onde cerca de um milhão de pessoas vivem, segundo dados da ONU. A população local foi instada a evacuar para a zona de al Mawassi, no sul, embora esta área também tenha sido alvo de bombardeios.
A situação provocou manifestações internacionais, com o alto comissário da ONU para os direitos humanos, Volker Türk, expressando horror com a “retórica genocida” de autoridades israelenses. A Espanha anunciou medidas para “cessar o genocídio em Gaza”, incluindo um embargo de armas a Israel.
O conflito, iniciado após o ataque do Hamas em 7 de outubro que resultou em 1.219 mortes em Israel, já causou pelo menos 64.522 mortes em Gaza, majoritariamente mulheres e crianças, segundo o Ministério da Saúde local.