Fintech ligada ao PCC tinha acordo com o Exército

Fintech ligada ao PCC tinha acordo com o Exército

Fintech suspeita de ligação com o PCC mantinha acordo de R$ 18 mil com a Biblioteca do Exército para fornecimento de máquinas de cartão

O Exército Brasileiro iniciou processo administrativo para avaliar a suspensão do contrato mantido com a BK Bank, fintech suspeita de atuar como instituição financeira paralela do Primeiro Comando da Capital (PCC). O contrato, assinado em 4 de agosto, envolve o fornecimento de máquinas de cartão de crédito e débito para a Biblioteca do Exército.

A situação veio à tona após operações da Polícia Federal e do Ministério Público que investigam uma possível infiltração do PCC no setor de combustíveis e no sistema financeiro. O acordo, no valor de R$ 18 mil e com duração prevista de um ano, estava em vigor para processar pagamentos das vendas de livros realizadas pela Biblioteca do Exército.

Detalhes do Processo de Contratação

* A contratação foi realizada por meio de dispensa eletrônica, justificada pelo baixo valor do serviço
* A BK Bank apresentou toda a documentação necessária e ofereceu a proposta mais vantajosa
* O contrato previa o processamento de pagamentos das vendas de livros realizadas pelo site, lojas físicas e feiras da Biblioteca do Exército
* Os valores seriam repassados ao Fundo do Exército

Investigações e Impactos

* A fintech foi alvo de operações policiais na última quinta-feira (28)
* A empresa teria movimentado R$ 46 bilhões entre 2020 e 2024
* Parte dos recursos estaria relacionada à venda clandestina de metanol e adulteração de combustíveis
* A BK Bank já firmou 82 contratos com instituições públicas desde 2019, totalizando R$ 555 milhões

Em resposta à situação, a BK Bank, representada pelo escritório Fernando José da Costa Advogados, emitiu nota afirmando ter sido surpreendida com sua inclusão nas operações. A empresa declarou que colabora integralmente com as autoridades e que atua de forma legal e transparente, sob regulação do Banco Central.

Outras instituições públicas também tomaram medidas similares. Os Correios e a Serpro, empresa federal de processamento de dados vinculada ao Ministério da Fazenda, já anunciaram a suspensão de seus contratos com a fintech. A empresa ainda mantém contratos ativos com a Câmara dos Deputados e o Senado.

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