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O presidente Lula (PT) declarou em entrevista à TV Paranaíba que o governo federal não aceitará empresas consideradas não rentáveis como forma de abatimento da dívida dos estados com a União. Em especial, o presidente enfatizou que não há interesse na privatização da Cemig, importante estatal de Minas Gerais.
Durante a entrevista realizada na quinta-feira (28), às vésperas de sua agenda confirmada na Região Metropolitana de Belo Horizonte, Lula foi enfático: “Se ficarmos com a Cemig, ela não será privatizada. Ela será moralizada publicamente e continuará sendo a grande empresa que é para os mineiros”.
A questão surge em um momento crítico para Minas Gerais, que possui uma dívida superior a R$ 160 bilhões com a União. O estado busca alternativas para reduzir esse valor, incluindo a possibilidade de federalizar empresas estatais como a Cemig e a Copasa, visando um abatimento de 20% do montante total.
“Então essa dívida foi um acordo, ele pode pagar parte dessa dívida em patrimônio, empresas públicas e tal, e a gente só vai aceitar se as empresas forem rentáveis, a gente não vai aceitar massa falida. E também não vou pegar empresa, ‘ah, então vamos pagar com a Cemig, mas o presidente tem que privatizá-la’. Não vou privatizar a Cemig”, disse o presidente.
O Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados com a União (Propag) estabelece que os estados interessados devem aderir até 31 de dezembro, com prazo até 30 de outubro para manifestarem quais ativos pretendem usar na amortização da dívida.
Lula classificou o Propag como um “ótimo acordo” e agradeceu aos parlamentares da ALMG pela aprovação da adesão de Minas ao programa. O presidente também destacou a importância do investimento em educação: “Todos os estados terão que investir parte desse dinheiro também em educação, para garantirmos mais benefícios ao povo que mais necessita em Minas Gerais”.
