O Brasil mantém uma matriz energética predominantemente renovável, com 89% de sua composição baseada em fontes como hidráulica, solar e eólica, conforme indica o Relatório Anual 2024 do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). No entanto, o país continua dependendo da energia gerada nas termelétricas para garantir a estabilidade e segurança energética em todas as regiões.
De acordo com o Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), a diversificação energética é fundamental para suprir a demanda nacional. Em 2024, a energia térmica representou 17% da matriz elétrica brasileira, ficando atrás apenas da energia hidráulica, que foi responsável por 46% dos 234,2 GW produzidos.
* As usinas termelétricas operam sob demanda e podem ser ativadas a qualquer momento, diferentemente das fontes eólica e solar, que são intermitentes e dependem de condições climáticas favoráveis.
* O setor carbonífero brasileiro está concentrado na região Sul, especialmente no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, onde a atividade sustenta a economia de aproximadamente 15 municípios.
* Segundo o Sindicato da Indústria de Extração de Carvão do Estado de Santa Catarina (SIECESC), a geração de energia a partir do carvão mineral é a mais econômica entre as fontes fósseis, respondendo por 41% da geração de energia elétrica mundial.
O Brasil está comprometido com a Transição Energética Justa, visando uma transformação sustentável da matriz energética. Durante a COP-26, na Escócia em 2021, o país assumiu o compromisso “net-zero”, que prevê um processo de transição incluindo inovação, responsabilidade ambiental e proteção aos trabalhadores do setor.
A mineração, que por quase um século operou com pouca regulamentação, hoje é rigorosamente fiscalizada por órgãos federais como a Agência Nacional de Mineração (ANM) e segue normativas do Ministério do Meio Ambiente. Em Santa Catarina, empresas do setor investem em programas de recuperação e preservação ambiental, como o Parque Diamante +Energia em Capivari de Baixo, que possui mais de 50 hectares dedicados à sustentabilidade, educação, cultura e esporte.
O Complexo Termelétrico Jorge Lacerda (CTJL) mantém um horto florestal com aproximadamente oito mil mudas de espécies nativas da mata atlântica, destinadas à doação para a comunidade e projetos ambientais.