O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, chegou a Washington nesta segunda-feira (18) para participar de negociações cruciais sobre um possível acordo de paz para a guerra na Ucrânia. A visita ocorre após uma reunião entre Donald Trump e Vladimir Putin no Alasca, que não resultou em um cessar-fogo.
A agenda prevê discussões sobre garantias de segurança para Kiev, mas também pode incluir possíveis concessões territoriais. Zelensky declarou em sua chegada que busca um fim “rápido e confiável” para o conflito com a Rússia.
* Trump e Zelensky realizarão uma reunião bilateral antes de um encontro ampliado com outros líderes europeus, incluindo Ursula von der Leyen, Emmanuel Macron, Friedrich Merz, Giorgia Meloni, Keir Starmer, Alexander Stubb e Mark Rutte
* Os Estados Unidos propõem garantias de segurança para Kiev similares ao Artigo 5 da Otan, mas fora do âmbito da Aliança Atlântica
* A Rússia teria feito “algumas concessões” territoriais em relação a cinco regiões ucranianas cruciais na guerra, segundo Steve Witkoff, enviado especial de Trump
* Moscou estaria “exigindo que a Ucrânia abandone o Donbass”, incluindo as regiões de Donetsk e Luhansk
Esta é a primeira visita de Zelensky à Casa Branca desde fevereiro, quando houve tensões devido a questões relacionadas à gratidão pela ajuda americana. O ambiente agora parece mais favorável, com Trump demonstrando maior criticismo a Putin e frustração com o bloqueio russo nas negociações.
A China também se manifestou, apelando a “todas as partes” para que alcancem “o mais rápido possível um acordo justo, duradouro, vinculante e aceitável”.
Enquanto as negociações acontecem em Washington, a situação no campo de batalha permanece tensa. Um ataque russo com drones contra Kharkiv resultou em pelo menos cinco mortos, incluindo duas crianças, e 18 feridos. As forças russas continuam avançando gradualmente, especialmente na região de Donetsk.
Existe preocupação na Europa de que Washington possa pressionar a Ucrânia a aceitar condições estabelecidas pela Rússia. Embora Zelensky rejeite concessões territoriais, ele se mostrou disposto a discutir a questão em uma possível reunião trilateral com Trump e Putin, proposta que a Rússia tem minimizado.