Protestos em massa eclodiram por todo Israel neste domingo, com manifestantes exigindo um acordo para a libertação dos reféns mantidos na Faixa de Gaza. A polícia israelense efetuou mais de 20 prisões por “perturbação da ordem” enquanto as famílias dos reféns intensificam sua campanha nacional.
As manifestações, organizadas pelo Fórum das Famílias de Reféns e Desaparecidos, resultaram em uma greve que afetou significativamente o funcionamento de empresas, teatros e restaurantes em todo o país. O movimento ganhou força após grupos militantes divulgarem vídeos dos reféns e Israel sinalizar planos para uma nova ofensiva em Gaza.
* A polícia israelense informou que, embora a maioria das manifestações tenha transcorrido sem incidentes, houve exceções que exigiram intervenção, afirmando que “agirá firmemente contra qualquer um que viole a lei ou coloque em perigo a ordem pública”.
* Os manifestantes expressaram preocupação com a segurança dos aproximadamente 50 reféns ainda mantidos em Gaza, dos quais apenas cerca de 20 são considerados vivos. Durante os protestos, entoaram: “Não vencemos uma guerra sobre os corpos dos reféns”.
* Anat Angrest, mãe do refém Matan Angrest, declarou: “Hoje, paramos tudo para salvar e trazer de volta os reféns e soldados. Hoje, paramos tudo para lembrar o valor supremo da santidade da vida”.
O primeiro-ministro Binyamin Netanyahu enfrenta pressões internas crescentes, equilibrando-se entre as demandas por libertação dos reféns e a resistência de membros de extrema-direita de sua coalizão, que se opõem a acordos que permitam ao Hamas manter o poder.
O ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, criticou a paralisação, chamando-a de “uma campanha ruim e prejudicial que joga nas mãos do Hamas, enterra os reféns nos túneis e tenta fazer com que Israel se renda a seus inimigos”.
Paralelamente aos protestos, Israel prepara-se para uma possível invasão da Faixa de Gaza. O COGAT anunciou a retomada do fornecimento de tendas para a região, permitindo que a ONU importe equipamentos de abrigo antes da evacuação forçada de pessoas das zonas de combate.
A guerra já causou significativas perdas humanas, com o ataque do Hamas em 2023 resultando em aproximadamente 1.200 mortes em Israel, enquanto a ofensiva israelense causou 61.897 mortes em Gaza, segundo o Ministério da Saúde local.
Em desenvolvimento paralelo, Israel realizou ataques aéreos contra a capital do Iêmen, visando infraestrutura energética utilizada pelos houthis, que têm lançado mísseis contra Israel e atacado navios no Mar Vermelho desde o início do conflito.