Zema é criticado pela oposição da ALMG: “Prefere abandonar Minas para se lançar em pseudocandidatura à Presidência”

Zema é criticado pela oposição da ALMG: “Prefere abandonar Minas para se lançar em pseudocandidatura à Presidência”

Bloco de oposição divulga carta com críticas à gestão do governador e à tentativa de disputar o Planalto

O bloco de oposição na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) emitiu uma dura crítica ao governador Romeu Zema (Novo) através de uma carta aberta divulgada neste sábado (16). O documento coincide com o anúncio oficial da pré-candidatura de Zema à Presidência da República para 2026.

A carta apresenta uma série de críticas à gestão atual do governador, apontando diversas áreas problemáticas:

* Na segurança pública, os opositores denunciam que “Zema desconsidera policiais e faz cortes nos combustíveis das viaturas”, comprometendo o trabalho das forças de segurança.

* Na educação, acusam o governador de tentar privatizar escolas estaduais, deixando alunos em condições precárias, com “mobiliários quebrados, prédios depredados e até, eventualmente, sem água nas torneiras”.

* No combate à pobreza, destacam o corte de “R$ 1 bilhão do combate à miséria em Minas, ao mesmo tempo em que gasta dinheiro público com bufês de luxo”.

* Na infraestrutura, mencionam o investimento de “R$ 40 milhões dos cofres do estado” em uma estrada próxima a um rancho do governador, enquanto outras rodovias permanecem em condições precárias.

A oposição também critica a política econômica do governo, apontando que Zema aumentou a dívida do estado em 51% e mantém sigilo sobre R$ 25 bilhões em renúncias fiscais. Questionam ainda sua postura em relação aos BRICS, destacando a contradição de atacar o bloco econômico que compra 42% das exportações mineiras, enquanto solicita empréstimo superior a R$ 1 bilhão ao banco do grupo.

O documento ressalta o alto investimento em publicidade, citando uma verba de R$ 147 milhões, que segundo a oposição seria utilizada para construir uma imagem de político inovador. Criticam ainda o aumento de 300% no próprio salário do governador, em contraste com os 3% de reajuste concedidos aos servidores públicos.

A carta conclui afirmando que “Minas Gerais não pode ser tratada como trampolim de ambições pessoais”, ressaltando a importância do estado como síntese do Brasil e guardião de sua história e cultura.

 Confira a íntegra da carta

“Ao mesmo tempo em que lutamos para reafirmar a soberania nacional e atender às necessidades mais urgentes do povo, Romeu Zema prefere abandonar Minas Gerais para se lançar em uma pseudocandidatura à Presidência da República. Um novo sinal de alerta para todos que prezam o futuro do Brasil.

Mais do que um dever político, é uma obrigação moral do Bloco Democracia e Luta, que reúne 20 deputadas e deputados na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, contar ao povo brasileiro quem, de fato, é Romeu Zema.

O estado de Minas é diverso. São 853 municípios, com realidades completamente distintas, que refletem todo o Brasil. E o que observamos, após quase sete anos de governo Zema, é um desastre camuflado por “lacrações”, às custas de uma pomposa e turbinada verba publicitária de R$ 147 milhões. Investimentos em propaganda para tentar vender a imagem de um político inovador, ainda que se valha de ações e decisões que colocam em risco o povo mineiro.

Enquanto o mundo — e não só o Brasil — busca soluções para enfrentar grandes desafios na segurança pública, Zema desconsidera policiais e faz cortes — pasmem! — nos combustíveis das viaturas. Enquanto pensadores e educadores se debruçam sobre políticas públicas para construir uma educação de qualidade, Zema tenta privatizar as escolas estaduais e, quando não consegue, “esquece” nossos alunos, que estudam com mobiliários quebrados, prédios depredados e até, eventualmente, sem água nas torneiras.

Enquanto lutamos para garantir um sistema de saúde pública capaz de atender, sem distinção, nosso povo, Zema negligencia a rede mineira, deixando importantes hospitais do estado sem condições de atender, com dignidade, a população. Enquanto o Brasil luta contra a fome, Zema corta R$ 1 bilhão do combate à miséria em Minas, ao mesmo tempo em que gasta dinheiro público com bufês de luxo.

Enquanto Zema reformou, com R$ 40 milhões dos cofres do estado, uma estrada próxima a um rancho dele, Minas Gerais — que tem a maior malha viária do país — sofre com rodovias esburacadas e pedágios altíssimos, em meio à denúncias contra as empresas que assumiram as concessões.

Forjado por altos investimentos em publicidade e vídeos lacradores de redes sociais, construiu-se um personagem aparentemente eficiente, mas que é só um político cujo governo desonera empresários bilionários e condena o povo pobre a sofrer com políticas ineficazes.

Tirando a máscara, Zema navega em inverdades, em ataques pessoais grosseiros e na desqualificação de quase tudo e de todos.

Defende e elogia as ações de um presidente estrangeiro que afronta nossa soberania, além de arriscar mais R$ 21,5 bilhões de Minas, afetando 187 mil empregos, segundo a FIEMG.

É o governador que ataca o BRICs, que compra 42% das exportações mineiras, enquanto pede empréstimo de mais de R$ 1 bilhão ao banco do bloco.

Zema é o político do “quanto pior, melhor”. Esbraveja contra o Congresso Nacional como se reunisse condições morais para tanto, já que nunca manteve diálogo com o Parlamento mineiro — por inaptidão mesmo. Ao ligar a metralhadora de ideias genéricas, Zema tenta esconder sua limitação e incapacidade de ser interessante.

Ele esbraveja sobre transparência, mas mantém sigilo sobre R$ 25 bilhões em renúncias fiscais, que seriam capazes de proporcionar novas oportunidades ao povo mineiro. É o governador que aumentou a dívida do estado em 51% e se recusou, ao longo dos anos, a buscar soluções para Minas Gerais.

Acusa o governo federal de aparelhamento das estatais, mas transformou as empresas públicas mineiras em verdadeiros cabides de emprego.

Os mineiros, talvez por seu traço de fé nas pessoas, têm dado chances demais a Zema — um milionário alheio à realidade social de seu estado, que concede isenções fiscais bilionárias e aumenta o próprio salário em 300%, frente a minguados 3% de reajuste aos servidores.

Minas Gerais não pode ser tratada como trampolim de ambições pessoais — nosso estado é a síntese do Brasil, guardião de sua história, de sua cultura e da dignidade de um povo que merece respeito e futuro.

O que não é bom para Minas, nunca será bom para o País.”

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