O influenciador Hytalo Santos e seu marido Israel Vicente Nata, conhecido como Euro, foram presos em Carapicuíba, São Paulo, em uma operação conjunta que envolveu autoridades da Paraíba e São Paulo. A prisão está relacionada a investigações sobre exploração sexual e tráfico humano.
A delegada Cassandra Duarte, da Polícia Civil da Paraíba, destacou que as investigações já estavam em andamento, mas o vídeo do youtuber Felca serviu como “ponto catalisador” para acelerar as ações policiais. “A investigação criminal acontecia, mas tem que se ver que houve um ponto catalisador. E qual foi esse ponto? Digo mais uma vez: as investigações já aconteciam, mas teve um vídeo de um influenciador e toda a situação chamou a atenção da sociedade e da imprensa. Isso, com certeza, deve ter sido um ponto catalisador da investigação para se evitar a perda de mais provas e evidências”, afirmou a delegada Cassandra Duarte.
* O Ministério Público da Paraíba iniciou as investigações em 2024, divididas entre duas promotorias:
– Em Bayeux: investigação conduzida pela promotora Ana Maria França, após denúncias sobre adolescentes em situações inadequadas
– Em João Pessoa: sob responsabilidade do promotor João Arlindo, investigando possível esquema de emancipação de menores
* Bloqueio das redes sociais do influenciador
* Proibição de contato com as vítimas
* Desmonetização de conteúdos
* Mandados de busca e apreensão em diferentes endereços
Durante a prisão em São Paulo, foram apreendidos oito celulares e um veículo. A polícia informou que havia oito pessoas na residência, todas maiores de idade. Os suspeitos não ofereceram resistência à prisão e permaneceram em silêncio durante o depoimento.
A defesa do casal, representada pelo advogado Sean Abib, afirmou que ambos são inocentes e declarou: “Até o momento, não tivemos acesso ao conteúdo da decisão que determinou a medida extrema, o que impossibilita uma manifestação mais detalhada”.
O juiz Antônio Rudimacy Firmino de Sousa, da 2ª Vara da Comarca de Bayeux, ao expedir as ordens de prisão, destacou a existência de “fortes indícios” de diversos crimes, incluindo tráfico de pessoas e exploração sexual. A decisão visa impedir a destruição de provas e a intimidação de testemunhas.
As investigações continuam em andamento na Paraíba, com o relatório do inquérito previsto para ser finalizado na próxima semana. O caso permanece sob supervisão das autoridades competentes, incluindo o Ministério Público da Paraíba e o Ministério Público do Trabalho.