O renomado sambista Arlindo Cruz, que faleceu nesta sexta-feira (8) aos 66 anos no Hospital Barra D”Or, no Rio de Janeiro, será velado em uma cerimônia que celebra sua vida e legado musical. O artista, que enfrentava problemas de saúde desde 2017 após sofrer um AVC, terá uma despedida especial em formato de gurufim, uma tradicional roda de samba aberta ao público.
A cerimônia, que acontecerá na quadra do Império Serrano, em Madureira, Zona Norte do Rio de Janeiro, foi organizada seguindo uma tradição ancestral africana, refletindo a própria essência do sambista. O velório está programado para iniciar às 18h de sábado e se estenderá até as 10h de domingo (10).
* O formato escolhido para a despedida, o gurufim, representa uma tradição trazida ao Brasil pelos africanos escravizados, combinando a cerimônia tradicional com uma roda de samba especial
* A família divulgou um comunicado solicitando que os participantes usem roupas claras: “Pedimos, se possível, que todos venham de roupas claras, como símbolo da luz e da alegria que ele espalhou por toda a sua vida”
* O sepultamento está marcado para as 11h de domingo, no Cemitério Jardim da Saudade (Salucap), com um momento reservado apenas para familiares e amigos próximos
Arlindo Cruz enfrentou diversos desafios de saúde nos últimos anos de sua vida. Após o AVC sofrido em março de 2017, o sambista passou por 65 cirurgias na cabeça e tratou mais de 30 pneumonias. Sua internação inicial durou um ano e três meses, e desde então, ele precisou retornar ao hospital diversas vezes para tratar diferentes complicações.
O artista também foi diagnosticado com uma doença autoimune e necessitou de procedimentos como traqueostomia e gastrostomia (GTT) para sua sobrevivência. Apesar das adversidades enfrentadas, seu legado musical e contribuição para o samba brasileiro permanecerão eternos.