O sambista Arlindo Cruz faleceu nesta sexta-feira (8), aos 66 anos, no Rio de Janeiro. O músico, cantor e compositor, que estava com a saúde debilitada desde 2017 após sofrer um AVC (Acidente Vascular Cerebral), deixa um importante legado para a música brasileira.
Nascido em 14 de setembro de 1958, no Rio de Janeiro, Arlindo Cruz iniciou sua jornada musical ainda criança, aos seis anos, quando começou a tocar cavaquinho. Sua carreira profissional ganhou destaque como integrante do grupo Fundo de Quintal, onde permaneceu por mais de uma década.
* Em 1993, Arlindo Cruz decidiu seguir carreira solo, lançando seu primeiro álbum de estúdio, “Arlindinho”, pela gravadora Line Records
* Durante sua carreira, produziu diversos trabalhos importantes, incluindo o “MTV ao Vivo Arlindo Cruz” em 2009 e “Batuques do Meu Lugar” em 2012
* Em 2015, foi reconhecido com o 26º Prêmio da Música Brasileira na categoria Melhor Músico de Samba, consolidando seu papel fundamental na revitalização do gênero nos anos 1980
* Em 2017, o sambista sofreu um AVC que mudou drasticamente sua vida e a de sua família
* Permaneceu internado por um ano e três meses após o diagnóstico inicial
* Enfrentou múltiplas complicações de saúde, incluindo mais de 30 pneumonias
* Passou por mais de 65 cirurgias devido às sequelas do AVC
* Foi diagnosticado com uma doença autoimune e necessitou de traqueostomia e gastrostomia (GTT) nos últimos anos
Sua última internação ocorreu em 25 de março de 2025, quando já utilizava sonda alimentar e necessitava de cuidados especiais. Durante todo o período de recuperação, contou com acompanhamento constante de uma equipe multidisciplinar, incluindo fisioterapeutas, fonoaudiólogos e médicos especializados.