O Movimento Brasil Livre (MBL) está prestes a concretizar a criação de seu próprio partido político, denominado “Missão”. Após conseguir as assinaturas necessárias em junho, a nova sigla planeja participar das eleições de 2026 com candidatos ao Executivo e Legislativo, consolidando uma nova fase para o movimento criado em 2014.
A iniciativa já causa impacto em partidos como União Brasil, Progressistas, Podemos e Republicanos, que devem perder importantes membros para a nova legenda. Atualmente, o MBL conta com 13 vereadores eleitos, além da vice-prefeita de Meridiano (SP), um deputado federal e um deputado estadual.
* O deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil), um dos co-fundadores do MBL, confirmou sua intenção de migrar para o novo partido, destacando a busca por uma legenda com identidade e programa definidos
* O ativista Renan Santos deve assumir a presidência do “Missão” e é cotado como possível candidato à Presidência da República em 2026
* A vereadora Amanda Vetorazzo, do União Brasil, também é esperada para integrar o novo partido, após ganhar destaque com a “Lei Anti-Oruam”
* O partido enfrentará questões práticas como financiamento de campanhas, limitado tempo de TV e a cláusula de barreira
* Inicialmente, terá acesso a apenas 2% do Fundo Eleitoral, valor considerado “irrisório” por especialistas
* O MBL planeja utilizar sua forte presença nas redes sociais para campanhas de financiamento coletivo e crowdfunding
* A legenda pretende sobreviver também com a venda de produtos que transmitam a mensagem do movimento
O “Missão” estabeleceu como valores fundamentais o combate aos privilégios do funcionalismo, o endurecimento das leis penais, a priorização da educação e a industrialização do Nordeste. O partido se posiciona como uma alternativa à polarização entre Lula e Bolsonaro, buscando construir uma identidade própria no cenário político nacional.
Segundo especialistas, o novo partido enfrentará desafios como o desgaste natural do tempo, a necessidade de expandir suas lideranças para além de São Paulo e possíveis dissidências internas. Renan Santos, futuro presidente da sigla, afirma que o foco inicial será construir a identidade do partido, rejeitando coligações imediatas com outras legendas.
O processo de registro do partido está em andamento, e especialistas consideram viável sua participação nas eleições de 2026. O movimento já iniciou ações de construção de lideranças e propaganda, incluindo a criação de uma banda musical e presença ativa nas redes sociais.