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O IBGE divulgou que a produção industrial brasileira registrou um discreto aumento de 0,1% em junho de 2025, após dois meses consecutivos de queda. O resultado mantém a indústria 2% acima do nível pré-pandemia, porém ainda 15,1% abaixo do pico histórico registrado em maio de 2011.
No acumulado do ano, o setor industrial apresenta expansão de 1,2%, enquanto nos últimos 12 meses o crescimento é de 2,4%. Entretanto, na comparação com junho de 2024, observa-se uma retração de 1,3%.
André Macedo, gerente da pesquisa do IBGE, destacou que o primeiro trimestre de 2025 apresentou crescimento modesto de 0,6% em relação ao final de 2024. O cenário é influenciado pela política monetária restritiva do Banco Central, com a taxa Selic em 15% ao ano, visando conter a inflação que atingiu 5,35% em 12 meses, superando o teto da meta governamental de 4,5%.
O cenário internacional também apresenta desafios significativos para a indústria brasileira, principalmente devido às políticas comerciais dos Estados Unidos. O governo americano implementou tarifas adicionais sobre produtos importados, começando com 10% no primeiro semestre e prevendo um aumento para 40% em agosto para diversos produtos brasileiros.
* Das 25 atividades industriais pesquisadas, 17 registraram crescimento na comparação entre maio e junho, representando a maior difusão positiva desde junho de 2024
* O setor de veículos automotores, reboques e carrocerias liderou os resultados positivos com expansão de 2,4%
* O segmento de produtos alimentícios registrou sua quarta queda consecutiva na comparação mensal
Na análise por grandes categorias econômicas, os bens de capital apresentaram crescimento de 1,2%, e os bens de consumo duráveis avançaram 0,2%. Por outro lado, os bens de consumo semi e não duráveis recuaram 1,2%, enquanto os bens intermediários registraram queda de 0,1%.
A média móvel trimestral, indicador que reflete a tendência do setor industrial, apresentou declínio de 0,4% no trimestre encerrado em junho em comparação com o período finalizado em maio de 2025.
