Francisco de Assis Pereira, conhecido nacionalmente como Maníaco do Parque, revelou seus planos para quando deixar a prisão em 2028, após cumprir 30 anos de pena. Em entrevista à psicóloga forense Simone Lopes Bravo, ele manifestou a intenção de mudar seu nome, declarando: “Sou um novo homem. Aquele Francisco não existe mais”. As informações são do blog True Crime, de O Globo.
Atualmente cumprindo pena na Penitenciária de Iaras (SP), onde divide cela com outros seis condenados por estupro, Francisco de Assis Pereira forneceu detalhes sobre os crimes que cometeu no Parque Ibirapuera, em São Paulo, durante entrevistas que resultaram em um livro.
Cronologia dos eventos e revelações:
* O criminoso descreveu seu método de atuação, que consistia em atrair mulheres com falsas promessas de trabalho como modelo, seguido dos assassinatos. “Ficava com muitos pensamentos. Não conseguia parar de pensar. Aqueles pensamentos me excitavam”, confessou durante a entrevista.
* Segundo seu relato, nem todas as mulheres abordadas foram vitimadas. “Mesmo dentro da mata, resolvia não fazer nada com algumas delas. Aí eu as levava de volta até o ponto de ônibus e falava para ela ter cuidado”, afirmou, ressaltando que nesses casos não houve contato físico.
* Em 24 de abril de 1999, na Penitenciária de Itaí (SP), Francisco de Assis Pereira foi batizado por evangélicos, momento que ele considera um marco de transformação pessoal. Desde então, alega não ter mais pensamentos violentos, dedicando-se à oração e meditação.
Um aspecto notável revelado em 2024 foi sua aparência atual: Francisco de Assis Pereira apresenta sobrepeso, aproximadamente 120 quilos, e ausência de dentes devido a uma condição genética chamada amelogênese imperfeita.
Durante as entrevistas com a psicóloga, que resultaram no livro “Maníaco do Parque, a loucura lúcida”, ele relacionou seus crimes a experiências da infância, especialmente o contato precoce com material pornográfico no ambiente de trabalho do avô. “Meus pensamentos eram mais fortes que eu. Não conseguia controlar”, explicou.
Apesar de sua alegada transformação religiosa, Francisco de Assis Pereira não demonstra interesse em pedir perdão às famílias das vítimas, argumentando que “Deus já me perdoou”. Quando questionado sobre possíveis encontros com os familiares, limitou-se a dizer que “A conversão é o único caminho”.