O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a remoção imediata de um acampamento montado por deputados bolsonaristas na Praça dos Três Poderes, em Brasília. A decisão foi cumprida na noite de sexta-feira, 25 de julho, após os parlamentares terem iniciado um protesto que classificaram como manifestação contra uma suposta “ditadura disfarçada”.
Os deputados Hélio Lopes (PL-RJ) e Coronel Chrisóstomo (PL-RO) foram os responsáveis pela mobilização, que teve início com a montagem de barracas em frente ao STF. Na decisão, Alexandre de Moraes destacou que a manifestação tinha o “confessado propósito de repetir os ilegais e golpistas acampamentos realizados na frente dos quartéis do Exército”.
* O primeiro a montar acampamento foi o deputado Hélio Lopes, que se apresentou com um esparadrapo na boca e vestindo uma camisa com a bandeira de Israel, declarando estar em “jejum de palavras”
* O parlamentar enviou um “ofício público” ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), solicitando o registro oficial de sua “manifestação pacífica e silenciosa” como ato legítimo de seu mandato
* Posteriormente, o deputado Coronel Chrisóstomo juntou-se ao protesto, atraindo outros apoiadores do ex-presidente que compareceram vestindo camisetas da seleção brasileira
Na determinação judicial, Alexandre de Moraes intimou pessoalmente o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), ordenando que não permita “nenhum novo acampamento” na Praça dos Três Poderes. A medida visa impedir manifestações que possam comprometer o funcionamento das instituições republicanas.
Os deputados acataram a ordem judicial e desmontaram as estruturas ainda na noite de sexta-feira, encerrando o protesto que, segundo eles, era uma reação à suposta perseguição ao ex-presidente Jair Bolsonaro.