Eduardo Bolsonaro coloca Alcolumbre e Motta na mira de sanções dos EUA

Eduardo Bolsonaro coloca Alcolumbre e Motta na mira de sanções dos EUA

Deputado afirma que presidentes do Senado e da Câmara podem sofrer retaliações americanas se não pautarem anistia e impeachment de Moraes

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) indicou a possibilidade de novas sanções por parte dos Estados Unidos contra autoridades brasileiras, incluindo os presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados. A declaração foi realizada durante entrevista ao canal ”Oeste com Elas”, em um momento de crescente tensão diplomática entre Brasil e Estados Unidos.

Durante a entrevista, Eduardo Bolsonaro mencionou que a gestão do ex-presidente Donald Trump pode anunciar novas medidas “a qualquer momento”. “Talvez até hoje, Deus queira, a Lei Magnitsky contra o Alexandre de Moraes. Esse vai ser só mais um capítulo dessa novela. Não será o último”, afirmou o deputado.

Histórico de sanções recentes

* Na semana anterior, os Estados Unidos suspenderam os vistos de oito ministros do STF, incluindo Alexandre de Moraes, e do procurador-geral da República, Paulo Gonet

* O governo americano impôs tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, combinando pressões comerciais e críticas ao Judiciário brasileiro

* Donald Trump justificou as medidas citando questões tarifárias e expressou descontentamento com decisões do STF relacionadas a plataformas digitais e ao processo contra Jair Bolsonaro

Tensão diplomática

* O Palácio do Planalto interpretou as ações como uma afronta à soberania nacional, com potencial de pressão política em favor de Bolsonaro

* O subsecretário de Diplomacia Pública dos EUA, Darren Beattie, criticou Alexandre de Moraes, acusando-o de liderar um “complexo de perseguição e censura” contra Jair Bolsonaro

A Lei Magnitsky, estabelecida em 2012 durante o governo Obama, permite que os Estados Unidos apliquem sanções individuais contra autoridades estrangeiras acusadas de violações de direitos humanos. As penalidades podem incluir congelamento de bens, cancelamento de vistos, bloqueio de contas bancárias, suspensão de perfis em redes sociais e proibição de entrada em território norte-americano.

O governo Lula ainda não anunciou medidas comerciais em resposta às ações americanas, mantendo-se em observação quanto ao desenvolvimento da situação diplomática entre os dois países.

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