Moraes analisa explicações de Bolsonaro ao STF

Moraes analisa explicações de Bolsonaro ao STF

Ministro Alexandre de Moraes tem três possíveis caminhos após defesa de Bolsonaro negar descumprimento de ordens restritivas do STF

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma resposta negando o descumprimento das ordens restritivas impostas pelo ministro Alexandre de Moraes. O documento, protocolado na terça-feira, solicita esclarecimentos sobre o alcance das restrições e pode resultar em diferentes desdobramentos por parte do ministro.

O ministro Alexandre de Moraes tem três possíveis caminhos a seguir após a manifestação da defesa:

* Pode determinar a prisão do ex-presidente caso entenda que houve descumprimento das medidas impostas

* Pode solicitar manifestação da Procuradoria-Geral da República sobre o caso

* Pode aceitar as justificativas apresentadas e manter as medidas sem novas sanções

Os advogados Celso Vilardi e Paulo Amador Bueno, representando Bolsonaro, argumentaram que “em nenhum momento e de nenhuma forma, ao que se entendeu, foi proibido que o embargante concedesse entrevistas, o que aliás não condiz com a jurisprudência pátria”.

Por meio de embargos de declaração, a defesa solicitou esclarecimentos sobre a amplitude das restrições, especialmente em relação à proibição do uso de mídias sociais e concessão de entrevistas. Os advogados afirmaram que Bolsonaro “não descumpriu o quanto determinado e jamais teve a intenção de fazê-lo”.

A manifestação da defesa ocorreu após Moraes exigir explicações sobre a presença de Bolsonaro no Congresso e sua reunião com aliados do PL. O ex-presidente havia feito um pronunciamento e exibido a tornozeleira eletrônica, ações que o ministro interpretou como possível burla às restrições.

As medidas restritivas impostas por Moraes incluem a proibição de participação em lives, entrevistas, uso de redes sociais próprias e de terceiros, além de restrições de locomoção em Brasília e contato com determinadas pessoas, incluindo seu filho Eduardo Bolsonaro.

A defesa argumentou que uma proibição ampla “implicaria risco real de cerceamento indevido de liberdade” e que a replicação de declarações por terceiros em redes sociais está fora do controle do ex-presidente, sendo “desdobramento incontrolável das dinâmicas contemporâneas de comunicação digital”.

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