Governo do RJ propõe nomeação de Eduardo Bolsonaro como secretário

Governo do RJ propõe nomeação de Eduardo Bolsonaro como secretário

Governo do Rio de Janeiro discute criação de Secretaria de Relações Internacionais para nomear deputado federal que está nos Estados Unidos

O Governo do Estado do Rio de Janeiro avalia a criação de uma nova Secretaria de Relações Internacionais com o objetivo específico de nomear o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). A proposta foi discutida em reunião no Palácio Guanabara nesta terça-feira (22), e o convite já teria sido estendido ao parlamentar, que atualmente se encontra nos Estados Unidos.

A iniciativa surge como uma possível solução para a situação do deputado, que teve sua licença de 120 dias da Câmara dos Deputados encerrada no último domingo (20). A nomeação permitiria que Eduardo Bolsonaro mantivesse seu mandato parlamentar, evitando uma possível cassação por faltas não justificadas.

Obstáculos e Riscos

* A nomeação enfrenta desafios significativos, principalmente porque Eduardo Bolsonaro precisaria tomar posse presencialmente no Rio de Janeiro
* Aliados apontam que o retorno ao Brasil representa risco de prisão, já que o deputado é investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por suposta tentativa de obstrução de justiça
* Uma alternativa considerada seria a modificação das regras para permitir posse à distância, mas essa mudança dependeria da aprovação da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj)
* O cenário político atual é desfavorável, com o rompimento entre o governador Cláudio Castro (PL) e o presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar (União Brasil)

Repercussão no STF

A possível nomeação gerou reações negativas no Supremo Tribunal Federal. A articulação foi vista como uma manobra para blindar o deputado e garantir sua permanência no exterior. Ministros da Corte consideraram a proposta “absurda”, comparando-a ao caso do ex-ministro Anderson Torres.

Em resposta à situação, o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) protocolou um pedido de medida cautelar no STF para impedir que governadores nomeiem Eduardo Bolsonaro para qualquer cargo público. O documento alega que a nomeação busca garantir “sustentação financeira irregular” e simular vínculo funcional para manter o deputado nos Estados Unidos.

Eduardo Bolsonaro é investigado no STF por suspeita de coação no curso do processo, tendo supostamente articulado sanções contra o Brasil nos Estados Unidos em resposta ao julgamento de Jair Bolsonaro. A investigação indica que ele pode ter tentado usar sua influência internacional para pressionar autoridades brasileiras, crime que prevê pena de um a quatro anos de prisão, além de multa.

O Governo do Rio de Janeiro, quando procurado, optou por não se manifestar sobre o assunto.

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