O Hospital Garrahan, principal centro pediátrico da Argentina, foi palco de uma greve histórica nesta semana, quando médicos e funcionários realizaram uma paralisação de 24 horas em protesto contra as medidas econômicas implementadas pelo governo de Javier Milei.
A manifestação, que incluiu uma marcha pelas ruas de Buenos Aires, representa a primeira paralisação total dos serviços não emergenciais do hospital em anos, evidenciando a crescente tensão entre os profissionais da saúde e as políticas de austeridade do novo governo.
* Os funcionários denunciam uma redução significativa nos recursos destinados à saúde pública, que tem afetado diretamente a qualidade do atendimento e as condições de trabalho no hospital.
* A mobilização contou com ampla participação dos profissionais de saúde, que marcharam do Hospital Garrahan até o Ministério da Saúde, carregando cartazes e fazendo reivindicações por melhores salários.
* Durante o protesto, apenas os serviços de emergência e casos críticos foram mantidos, garantindo o atendimento aos pacientes em situações graves.
O Hospital Garrahan é responsável pelo atendimento de milhares de crianças anualmente, sendo referência em tratamentos complexos e atendendo pacientes de todo o país. A paralisação, embora necessária segundo os manifestantes, afetou dezenas de consultas e procedimentos eletivos.
Os profissionais alertam que, sem uma revisão das políticas de financiamento da saúde pública, a qualidade do atendimento pode ser severamente comprometida nos próximos meses, afetando principalmente as famílias mais vulneráveis que dependem exclusivamente do sistema público de saúde.
A direção do hospital informou que busca estabelecer um diálogo com as autoridades governamentais para encontrar soluções que garantam a sustentabilidade do atendimento e condições dignas de trabalho para seus funcionários.