A obesidade em animais de estimação tornou-se um problema crescente na medicina veterinária, afetando significativamente a saúde e qualidade de vida dos pets. Segundo estudo da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo, 40,5% dos cães apresentam problemas relacionados ao peso.
Este distúrbio nutricional, caracterizado pelo acúmulo excessivo de gordura corporal que ultrapassa 15% a 20% do peso ideal do animal, pode surgir por diversos fatores, incluindo alimentação desbalanceada, sedentarismo, predisposição genética e fatores emocionais.
* Problemas Cardiovasculares: O acúmulo de gordura sobrecarrega o sistema cardiovascular, forçando o coração a trabalhar mais intensamente. Isso pode resultar em hipertensão, insuficiência cardíaca e arritmias.
* Diabetes Mellitus: A obesidade interfere na ação da insulina, aumentando o risco de desenvolvimento da diabetes, especialmente em gatos. Os sintomas incluem aumento da sede, micção excessiva e perda repentina de peso.
* Doenças Osteoarticulares: O excesso de peso pressiona constantemente as articulações, podendo causar artrose e displasia coxofemoral, resultando em dor crônica e mobilidade reduzida.
* Problemas Respiratórios: A gordura acumulada na região torácica e abdominal dificulta a expansão pulmonar, comprometendo a respiração, especialmente em raças braquicefálicas.
* Problemas Dermatológicos: Dobras na pele causadas pela obesidade podem acumular umidade e criar ambiente propício para dermatites e infecções.
* Lipidose Hepática: Condição grave que afeta principalmente gatos obesos, ocorrendo quando há acúmulo excessivo de gordura no fígado, podendo levar à falência do órgão.