O setor agrícola brasileiro enfrenta um cenário preocupante após uma série de acontecimentos que podem impactar significativamente sua operação. A OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) anunciou que países que mantiverem relações comerciais com a Rússia poderão ser taxados em 100% em suas negociações com Estados Unidos, Canadá e membros da União Europeia.
O momento é especialmente delicado para o agronegócio brasileiro, que se prepara para o plantio da safra 2025/26, enfrentando diversos desafios simultâneos:
* A possível inclusão do IOF nas Letras de Crédito Agrícola aguarda decisão do ministro Alexandre de Moraes, devido à falta de acordo entre o Congresso e o governo
* O setor enfrenta aumento significativo nos preços de insumos agrícolas, com destaque para fertilizantes, adubos e sementes
* A China reduziu expressivamente sua exportação de ureia, limitando as opções de fornecimento para o Brasil
* A Rússia, principal fornecedora de fertilizantes NPK e ureia para o Brasil, encontra-se com seu comércio bloqueado pela OTAN
A situação é ainda mais complexa considerando que o Brasil também importa da Rússia outros produtos essenciais, como trigo e óleo diesel, este último utilizado na produção de biodiesel. O cenário atual gera incertezas tanto para os produtores quanto para os consumidores, especialmente em relação aos produtos agrícolas já embarcados ou parados nos portos.