Anderson Torres é acusado de forjar passagem aérea para justificar ausência no 8 de janeiro

Anderson Torres é acusado de forjar passagem aérea para justificar ausência no 8 de janeiro

PGR revela que companhia aérea Gol não encontrou registro do voo que ex-ministro da Justiça alega ter feito para justificar ausência durante atos de 8 de janeiro

A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou evidências sugerindo que Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, pode ter forjado uma passagem aérea para justificar sua ausência durante os atos golpistas de 8 de janeiro. O documento foi apresentado como prova de que ele estaria em viagem de férias durante os acontecimentos.

Segundo as alegações finais do processo da trama golpista, a PGR descobriu inconsistências na documentação apresentada pela defesa de Anderson Torres à Justiça. A companhia aérea Gol informou que o número de reserva apresentado no documento não corresponde ao alegado, e que Torres não constava como passageiro do voo em questão.

* A defesa de Anderson Torres apresentou um print de emissão de passagem aérea supostamente comprada em novembro de 2022

* A Gol Linhas Aéreas confirmou à PGR que “não foram identificados voos no trecho Brasília/Orlando, voo G3-9460 em nome de Anderson Gustavo Torres”

* O governador Ibaneis Rocha (MDB) declarou em depoimento que foi surpreendido com a viagem, só tomando conhecimento da ausência do então secretário no próprio dia dos atos

* A PGR classificou a descoberta como “escandalosa” e indicou que deve resultar em procedimento adicional de investigação

Além da suspeita de falsificação documental, outras evidências pesam contra Anderson Torres, incluindo o encontro da chamada “minuta golpista” em sua residência e sua participação em reuniões que discutiram estratégias para dificultar o acesso de eleitores às urnas em regiões favoráveis ao presidente Lula (PT).

A PGR solicitou a condenação de Anderson Torres, Jair Bolsonaro e outros seis aliados por diversos crimes, incluindo organização criminosa armada, tentativa de abolição do Estado democrático de direito e golpe de Estado, que podem resultar em penas superiores a 40 anos de prisão.

Os réus terão 15 dias para apresentar suas manifestações no processo, após os quais o Supremo Tribunal Federal (STF) definirá a data do julgamento das acusações. Eventuais condenações e prisões dependerão do resultado do julgamento e da análise de todos os recursos.

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