A Faixa de Gaza registrou neste domingo (13) mais 31 mortes em decorrência de novos ataques israelenses, conforme informado pela Defesa Civil do território. As negociações indiretas entre Israel e Hamas completam uma semana sem alcançar um acordo de trégua, com ambos os lados acusando-se mutuamente de obstruir as conversações em Doha.
Entre as vítimas dos ataques israelenses estão mulheres e crianças, segundo Mahmoud Basal, porta-voz do corpo de resgate. Os bombardeios atingiram diferentes localidades da Faixa de Gaza, incluindo áreas residenciais na Cidade de Gaza.
* Um ataque com drone israelense atingiu um ponto de distribuição de água potável próximo ao campo de refugiados de Nuseirat, resultando em dez mortes, sendo oito crianças.
* “Fomos acordados pelo estrondo de duas grandes explosões. Vimos nosso vizinho, Abu Yihad al-Arbid, e seus filhos sob os escombros de sua casa bombardeada”, relatou Khaled Rayan, morador de Nuseirat, à AFP.
* A situação humanitária em Gaza é considerada catastrófica, com a maioria dos mais de dois milhões de habitantes sendo forçada a se deslocar múltiplas vezes.
* Sete agências da ONU emitiram um alerta conjunto sobre níveis críticos de escassez de combustível, que pode resultar em consequências devastadoras para uma população à beira da fome.
* O Hamas rejeitou o plano israelense que, segundo fontes palestinas, prevê a manutenção das forças de Israel em mais de 40% da Faixa de Gaza.
* Uma fonte israelense acusou o Hamas de se recusar a fazer concessões e de conduzir uma “guerra psicológica” para sabotar as negociações.
* Há relatos de possíveis avanços nas discussões sobre a entrada de ajuda humanitária e a troca de reféns por prisioneiros palestinos.
O conflito, iniciado em 7 de outubro de 2023 com um ataque do Hamas a Israel, já resultou em mais de 57.800 mortes palestinas, segundo o Ministério da Saúde do território. Do lado israelense, 1.219 pessoas morreram no ataque inicial, e 49 reféns ainda permanecem em Gaza, dos quais 27 foram declarados mortos pelo exército.
Em Tel Aviv, manifestantes continuam se reunindo aos sábados para exigir a libertação dos reféns. “A janela de oportunidade para devolver todos os reféns para casa está aberta no momento, mas não será assim por muito tempo”, alertou o ex-cativo Eli Sharabi.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, mantém seus objetivos de guerra: libertar os reféns, destruir as capacidades do Hamas e expulsar o movimento do enclave.