Os professores e trabalhadores da rede municipal de educação de Belo Horizonte decidiram manter a greve que teve início em 6 de junho, conforme definido em assembleia realizada nesta quinta-feira (3). A categoria estabeleceu um acampamento em frente à prefeitura, aguardando novas negociações.
“Nós acabamos de instaurar a assembleia permanente com acampamento na porta da prefeitura. Estamos aqui na porta, esperando o prefeito para negociação. A hora que ele chamar para negociar, a gente ativa a categoria para ter uma assembleia e apreciar a proposta”, declarou a categoria.
* Os professores exigem uma recomposição salarial de 6,27%, com efeito retroativo a janeiro, baseada no reajuste do piso nacional do magistério
* A categoria solicita o preenchimento imediato das vagas no quadro de professores
* Há demanda pela redução do número de alunos por sala de aula, que atualmente é de aproximadamente 30 estudantes
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal (Sind-Rede) informou que apresentará uma contraproposta à Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), solicitando um adicional de 2,4% de aumento, além dos 2,49% já oferecidos, referente às perdas de governos anteriores.
A PBH apresentou algumas propostas para atender às demandas da categoria. Entre elas, o processamento das férias-prêmio até o final do ano, a recomposição das perdas inflacionárias acumuladas entre 2017 e 2022, e a nomeação de 376 servidores para os anos iniciais, além de outros professores aprovados em concurso vigente.
Para a educação infantil, está previsto um projeto de lei que visa ampliar o número de professores e reestruturar a carreira. Além disso, a prefeitura propôs melhorias no auxílio-alimentação: professores com um turno passarão a receber R$ 18,75 por dia, e aqueles com jornada de 8 horas terão o benefício aumentado de R$ 37 para R$ 60 diários, podendo atingir R$ 1.320 mensais.