A Justiça homologou o laudo do Instituto Médico Legal que confirma que Welbert de Souza Fagundes, acusado de assassinar o sargento Roger Dias, estava mentalmente são no momento do crime. O documento, validado pelo juiz Roberto Oliveira Araújo Silva, permitirá a retomada do processo de homicídio.
O sargento Roger Dias da Cunha foi fatalmente baleado na cabeça durante uma perseguição policial no bairro Aarão Reis, região Norte de Belo Horizonte, em 5 de janeiro de 2024. O policial foi surpreendido por Welbert após tentar interceptar criminosos que fugiam em um veículo.
* O exame comprovou que Welbert de Souza Fagundes possuía plena capacidade de autodeterminação no momento do crime
* Apesar de sua dependência química em maconha, crack e cocaína, não havia evidências de uso de substâncias que comprometessem seu entendimento
* O laudo descartou a presença de doenças mentais que o incapacitassem de compreender o processo criminal
* A avaliação identificou características de manipulação comportamental e traços antissociais, sem configurar transtorno psicótico
* O documento baseou-se em avaliação clínica, entrevistas, análise de prontuários médicos e relatos familiares
O processo havia sido suspenso em maio de 2023 após a defesa solicitar exames de sanidade mental do acusado, com parecer favorável do Ministério Público de Minas Gerais. Com a homologação do laudo na última sexta-feira (27), o processo será retomado com audiência prevista para a próxima semana.
O caso gerou grande comoção na capital mineira. Roger Dias foi baleado após perseguir dois suspeitos que haviam atropelado um motociclista na Avenida Risoleta Neves. Welbert de Souza Fagundes e Geovanni Faria de Carvalho foram denunciados à justiça e são réus pelos crimes. O sargento recebeu honras fúnebres e teve um viaduto nomeado em sua homenagem em Belo Horizonte.