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O prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião (União Brasil), anunciou a judicialização da greve dos professores da rede municipal de ensino, que atingiu seu 22º dia de paralisação. A decisão foi tomada após 34 reuniões sem acordo entre as partes, culminando também no anúncio do corte de ponto dos profissionais grevistas.
A principal divergência entre a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) e o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte (Sind-Rede/BH) está no percentual de reajuste salarial. Enquanto a administração municipal oferece 2,49%, o sindicato reivindica um aumento alinhado ao Piso Nacional do Magistério para 2025, estabelecido em 6,27%.
“A PBH sempre esteve presente em todas as reuniões para apresentar sua posição, mas a greve chegou a esse ponto. Temos que recorrer à Justiça agora. Vamos judicializar a greve e esperamos que a Justiça entenda que o que fizemos para todas as outras categorias é o que queremos fazer com o sindicato dos professores”, afirmou Damião.
O prefeito destacou que outras categorias do funcionalismo municipal aceitaram a proposta de reajuste apresentada pela prefeitura. “Todas as categorias, sem exceção, aceitaram as propostas sem nenhum problema. Infelizmente, não conseguimos atender ao que eles reivindicam. Precisamos ter responsabilidade com os recursos que temos para administrar”, declarou.
Em relação ao corte de ponto, Damião foi enfático: “Semana que vem já é o momento de encaminhar as folhas de ponto para todos os professores e professoras, e eles vão perceber que os dias de greve serão descontados. Não existe a possibilidade de pagar alguém que não foi trabalhar; a lei não me permite fazer isso.”
