A Receita Federal alcançou um marco histórico na arrecadação de impostos e contribuições federais em maio de 2025, totalizando R$ 230,152 bilhões. O valor representa um crescimento real de 7,66% em comparação com maio de 2024, quando foram arrecadados R$ 20,979 bilhões, já considerando o desconto da inflação.
Esta é a primeira divulgação da arrecadação de 2025, que estava atrasada devido à greve dos auditores fiscais iniciada em novembro de 2024. A normalização ocorreu após determinação do ministro Benedito Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), para o retorno ao trabalho dos auditores.
Fatores que influenciaram o resultado recorde:
* O comportamento positivo dos indicadores macroeconômicos impactou diretamente a arrecadação
* Houve um desempenho expressivo dos tributos sobre comércio exterior, impulsionado pela elevação das alíquotas médias e valorização cambial
* O aumento na arrecadação do IRRF-Capital foi favorecido pela alta da taxa Selic, contribuindo para melhor desempenho dos fundos e títulos de renda fixa
* A postergação no pagamento de tributos por contribuintes do Rio Grande do Sul, devido às enchentes que afetaram a base arrecadatória de 2024
O resultado superou as expectativas do mercado financeiro, ficando acima da mediana das estimativas das instituições ouvidas pelo Projeções Broadcast, que era de R$ 220,8867 bilhões. O intervalo das projeções variava entre R$ 208 bilhões e R$ 297,20 bilhões.
No acumulado dos cinco primeiros meses de 2025, a arrecadação federal atingiu R$ 1,191 trilhão, representando um aumento real de 3,95% em comparação com o mesmo período de 2024, quando foram arrecadados R$ 1,089 trilhão. A Receita Federal destacou a melhora no desempenho da arrecadação do PIS/Cofins, atribuída ao crescimento dos tributos nas importações e ao desempenho das entidades financeiras.