O Globoplay lança uma série especial em homenagem aos 80 anos de Raul Seixas, um dos maiores nomes da música brasileira. A produção “Raul Seixas: Eu Sou” apresenta oito episódios que exploram a vida e obra do ícone do rock nacional, conhecido por sua irreverência, autenticidade e letras que mesclam crítica social, misticismo e humor. Estreia ocorre na quinta-feira (26).
A série traz Ravel Andrade interpretando Raul nos palcos, mergulhando na complexidade do personagem. “Foi muito legal poder entrar nesse processo de dentro da cabeça do Raul, eu acho que o Paulo e o Pedro e toda a equipe conseguiram recriar essas histórias, muitas que a gente não sabe o que aconteceu de fato, o que não aconteceu, mas a série nos permite mostrar que tudo aconteceu”, comenta o ator.
* Kika Seixas, ex-mulher do artista, revela um lado menos conhecido do músico: “Raul era uma pessoa tímida, canceriano, tímido, super bem educado, falava baixinho, muito amoroso, muito… Um homem de família”.
* Vivian, filha do cantor, compartilha memórias afetivas da infância, como o personagem Capitão Garfo: “Ele tinha esse personagem, que era o primo do Capitão Gancho, então ele escondia a mão na manga, com o garfo aparecendo, e a onda dele era roubar minhas bonecas e botar no congelador”.
* Paulo Coelho relembra sua parceria turbulenta com Raul, que resultou em clássicos como “Gita” e “Sociedade Alternativa”: “Era meu melhor inimigo. Vamos botar assim. Meu inimigo íntimo”.
* A música “Gita”, inspirada no livro indiano Bhagavad Gita, foi criada em apenas cinco minutos e se tornou o primeiro clipe de Raul exibido no Fantástico, em 1974.
O legado de Raul Seixas continua influenciando novas gerações. Um álbum comemorativo com seis artistas celebra os 80 anos do cantor. Rodrigo Suricato, produtor do projeto, destaca: “Ele não é só um cantor de rock, é um pensador popular”. O cantor Baia complementa: “É uma obra atemporal, um tesouro da música brasileira”.
Raul faleceu em 1989, aos 44 anos, após uma pancreatite fulminante. Kika Seixas relembra os momentos difíceis: “O Raul, ele morreu de alcoolismo e quem tem na família ou já teve ou conhece, é um drama que não é só para a pessoa, é um drama que envolve a família toda”.
Como Vivian Seixas recorda, seu pai costumava dizer que “não tinha medo de morrer, mas de ser esquecido”. Com sua obra atravessando gerações e as diversas homenagens, Raul Seixas permanece vivo na memória e na cultura brasileira.