O porta-aviões americano Nimitz alterou sua rota original no Mar da China Meridional e agora se dirige ao Oriente Médio, onde prestará apoio a Israel durante a escalada de tensões com o Irã. A embarcação, que é uma das maiores do mundo segundo a Marinha dos EUA, representa uma significativa demonstração de força militar na região.
O Nimitz CVN-68 é parte de uma frota de 11 porta-aviões gigantes da Marinha americana e possui características impressionantes que o tornam uma máquina de guerra formidável:
* Com 330 metros de comprimento, o Nimitz tem capacidade para transportar até 6.000 pessoas e mais de 100 aeronaves, incluindo caças, embora raramente opere com sua força total
* A embarcação é equipada com duas baterias de 21 mísseis e duas baterias de mísseis superfície Sparrow MK 291, sendo utilizada principalmente para operações de chegada e lançamento de aviões em combate
* O porta-aviões é movido por propulsão nuclear, contando com dois reatores nucleares de água pressurizada, o que lhe permite deslocar até 104 mil toneladas a uma velocidade aproximada de 56 km/h
O Nimitz iniciou suas operações em 1975, tendo como base inicial a Base Naval de Norfolk, nos EUA, onde permaneceu até 1987. Posteriormente, foi transferido para a Estação Naval de Bremerton, além de ter sido instalado em outros dois estados americanos ao longo de sua história.
Atualmente, o porta-aviões encontra-se no Estreito de Malaca, entre a ilha indonésia de Sumatra e a Malásia. Embora a Marinha dos EUA não tenha se pronunciado oficialmente, fontes diplomáticas informaram à Reuters que uma visita programada do Nimitz ao Vietnã, prevista para o dia 20, foi cancelada devido a uma “necessidade operacional emergente”.
O redirecionamento do Nimitz ocorre em meio a um conflito intenso entre Israel e Irã, iniciado na última sexta-feira. Israel realizou bombardeios em Teerã e outras instalações iranianas, alegando prevenção contra ameaças nucleares. O conflito já resultou em aproximadamente 240 mortes, sendo 220 no Irã e mais de 20 em Israel. O exército israelense reportou ter destruído um terço das baterias antiaéreas iranianas e assumido o controle aéreo de Teerã.