Os Estados Unidos vivem um dia de extrema tensão com a realização de um desfile militar inédito em Washington, ordenado pelo presidente Trump, coincidindo com protestos massivos contra seu governo em todo o país.
O evento marca os 250 anos das Forças Armadas americanas e acontece simultaneamente a manifestações organizadas em quase 2 mil localidades nos 50 estados, num dia que ficou conhecido como “Dia sem Rei”.
* O desfile militar em Washington conta com:
– 6,6 mil soldados em marcha
– 50 aeronaves militares em demonstração
– 150 veículos militares
– Apresentação de cavalaria
– Show aéreo com helicópteros e paraquedistas
– Custo total de US$ 45 milhões, sendo US$ 16 milhões destinados a reparos nas ruas
* A Casa Branca autorizou o uso da Guarda Nacional em casos considerados necessários, especialmente onde houver risco de “rebelião” ou “insurreição”.
* Em entrevista à NBC News, Trump defendeu os gastos: “São insignificantes em comparação com o valor de fazê-lo. Temos os melhores mísseis do mundo. Temos os melhores submarinos do mundo. Temos os maiores tanques do exército do mundo. Temos as melhores armas do mundo. E vamos comemorar isso”.
A tensão escalou após o senador Alex Padilla ser algemado e derrubado ao tentar questionar uma autoridade do governo Trump. Diversos governadores aliados ao presidente já tomaram medidas preventivas, como Greg Abbott no Texas e Mike Kehoe em Missouri, que acionaram a Guarda Nacional.
Os organizadores dos protestos, que em abril mobilizaram 3,5 milhões de pessoas, esperam números ainda maiores. Uma videoconferência preparatória reuniu 4 mil participantes. Os atos acontecerão em importantes cidades como Nova York, Seattle, Chicago, Austin e Las Vegas, com mais de 200 eventos só na Califórnia.
A Casa Branca minimiza as manifestações, com Trump declarando que enfrentará com “força muito pesada” aqueles que ele caracteriza como “pessoas que odeiam nosso país”. Sua secretária de imprensa, Karoline Leavitt, quando questionada sobre apoio a protestos pacíficos, respondeu: “É claro que o presidente apoia protestos pacíficos. Que pergunta estúpida”.