O prefeito de Mariana, Juliano Duarte (PSB), criticou publicamente os valores destinados à cidade no novo acordo do Rio Doce, após ser vaiado durante evento com o presidente Lula. O município, que sofreu com o rompimento da barragem da Samarco em 2015, decidiu não aderir ao acordo por considerar insuficiente o valor de R$ 1,2 bilhão a ser pago em 20 anos.
* O prefeito Juliano Duarte enfrentou vaias do público presente, levando o presidente Lula a intervir e pedir respeito ao momento institucional, destacando a importância histórica do acordo para Mariana e Minas Gerais.
* Em sua defesa, Duarte explicou que a não adesão ao acordo não representa oposição ao governo federal, ressaltando que “a prefeitura de Mariana deu todo o apoio para a realização desse evento aqui na nossa cidade”.
* O prefeito argumentou que o valor oferecido é muito baixo considerando o montante total do acordo de R$ 170 bilhões, criticando ainda o prazo de 20 anos para os pagamentos.
Duarte destacou que Mariana possui uma ação na justiça inglesa contra a BHP, parceira da Vale na Samarco, que pode resultar em valores significativamente maiores: “Na justiça inglesa, a gente está falando de um valor de R$ 28 bilhões, muito diferente do que foi oferecido para Mariana”.
O prefeito também mencionou que o município já possui valores definidos pela justiça brasileira que podem ser recebidos a qualquer momento, além de uma ação civil pública que beneficia outros 23 municípios que não assinaram o acordo.