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No Dia dos Namorados, uma reflexão sobre como lidamos com as expectativas, a incompletude e a maturidade nos relacionamentos
Este Dia do Amor, usualmente conhecido como Dia dos Namorados, é celebrado em quase todo o mundo. É também um dia em que as pessoas depositam muitas expectativas em seus amados.
Vamos tentar entender um pouco: somos seres carentes. Nascemos nessa condição, como apontou Winnicott, importante pediatra e psicanalista da infância. Desde o nascimento, o bebê precisa de cuidados maternos para sobreviver.
Assim, vamos crescendo e nos adaptando às diferentes fases e dificuldades da vida. Para a grande maioria das pessoas, o primeiro ano de vida será fundamental e servirá de base para novos vínculos afetivos.
No entanto, muitas pessoas buscam um amor ideal, um amor que as nutra completamente, um amor de plenitude, perfeito. Mas será que esse amor existe? Nem mesmo nossas relações com nossos pais, nos primórdios da infância, foram perfeitas ou totalmente completas.
Ainda assim, algumas pessoas acreditam que esse amor romantizado e idealizado seja possível. Quando achamos que alguém nos completa, colocamos uma carga enorme sobre essa pessoa. É quase impossível atender a todos os desejos e realizações de outro ser humano.
O crescimento passa por tolerar frustrações e entender que somos incompletos — e que essa sensação é inerente a todos nós. Quando começamos a compreender que um amor maduro significa respeitar os limites da relação e do outro, percebemos que não podemos esperar que nosso parceiro nos complete. Existem vazios e espaços que são nossos, parte de nossa individualidade.
Será que as pessoas ainda esperam que o outro seja tudo e complete tudo? Talvez, para que o amor sobreviva, seja necessário que cada um exista e se manifeste em sua própria forma, sem se moldar excessivamente ou perder sua identidade para agradar ao outro.
Há limites, mas também há muitas possibilidades. E é assim que o amor acontece!
Feliz Dia do Amor!
Sempre!
Vamos celebrar a vida!
