O senador e pré-candidato à presidência da Colômbia, Miguel Uribe Turbay, de 39 anos, foi vítima de um atentado no sábado (7) em Bogotá, quando levou dois tiros na cabeça durante um evento político. O governo colombiano está oferecendo uma recompensa de aproximadamente US$ 730 mil por informações que levem aos responsáveis pelo crime.
O político encontra-se em estado crítico após passar por cirurgia. Sua esposa, María Claudia Tarazona, utilizou as redes sociais para informar que ele está “lutando pela sua vida” e necessita de um “milagre” para sobreviver.
* Um adolescente de 15 anos foi detido, acusado de efetuar os disparos contra o senador
* As autoridades colombianas estabeleceram uma força-tarefa especial para identificar os mandantes intelectuais do atentado
* O presidente Gustavo Petro determinou a mobilização de todas as agências de inteligência do país
* O Conselho de Segurança ampliou os sistemas de proteção dos membros da oposição e das famílias dos integrantes do governo nacional
O presidente Gustavo Petro condenou veementemente o atentado, declarando em nota que “o ato de violência é um ataque não só contra a integridade pessoal do senador, mas também contra a democracia, a liberdade de pensamento e o exercício legítimo da política na Colômbia”.
Miguel Uribe Turbay possui uma história familiar marcada pela violência política. Sua mãe, a jornalista Diana Turbay, foi sequestrada e morta pelo grupo de narcotraficantes liderado por Pablo Escobar quando ele tinha apenas 5 anos. Ele é neto do ex-presidente Julio César Turbay, que governou a Colômbia entre 1978 e 1982.
O atentado ocorre em um momento de instabilidade política no país, em meio a tentativas do governo Petro de implementar uma reforma trabalhista que enfrenta resistência no Senado. O secretário de Estado dos EUA, Marco Rúbio, atribuiu o crime à “retórica violenta esquerdista” do governo colombiano, solicitando que Petro “contenha a retórica inflamatória”.
A presidência colombiana informou que a filha de Petro e familiares de ministros do gabinete também receberam ameaças, o que, segundo o presidente, “reforça a hipótese de que o autor da tentativa de homicídio seja inimigo do governo”.