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Herus Guimarães Mendes, jovem de 24 anos que trabalhava como office boy em uma imobiliária, foi morto durante uma operação do Batalhão de Operações Especiais (Bope) no Morro Santo Amaro, Zona Sul do Rio de Janeiro. O incidente ocorreu durante uma tradicional festa junina no último sábado (7), resultando também em cinco pessoas feridas.
A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) iniciou as investigações do caso, com o delegado Augusto Lago Garcia afirmando que “são muitas as diligências”, incluindo perícias do local e das armas utilizadas pelos agentes do Bope. Os 12 policiais militares envolvidos na operação estão sendo ouvidos até terça-feira (10).
* A operação ocorreu durante uma festa junina tradicional no Santo Amaro, onde várias quadrilhas se apresentavam
* Herus foi atingido por dois tiros durante a ação e não resistiu aos ferimentos, deixando um filho de 2 anos
* Cinco pessoas ficaram feridas e foram encaminhadas ao Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro, com uma delas ainda internada em quadro estável
Em resposta ao incidente, o governador Cláudio Castro (PL) tomou medidas administrativas imediatas no domingo (8), exonerando o coronel Aristheu de Góes Lopes, comandante do Bope, e o coronel André Luiz de Souza Batista, do Comando de Operações Especiais (COE). Além disso, os 12 agentes envolvidos foram afastados das ruas.
O secretário da PM, coronel Marcelo de Menezes, reconheceu falhas no procedimento, declarando que “os responsáveis pela operação não observaram os protocolos e procedimentos operacionais da corporação”. Segundo a Polícia Militar, a ação foi realizada para verificar informações sobre a presença de criminosos armados na comunidade, que estariam se preparando para uma possível disputa territorial.
O corpo de Herus Guimarães foi enterrado no domingo (8) no Cemitério São João Batista, na Zona Sul do Rio. A Corregedoria Geral da PM informou que está colaborando integralmente com as investigações, enquanto o Ministério Público do RJ confirmou que foi previamente informado sobre a operação e realizou uma perícia independente no corpo da vítima no Instituto Médico Legal (IML).
