Rússia avança sobre região de Dnipropetrovsk

Rússia avança sobre região de Dnipropetrovsk

Forças russas anunciam primeira incursão na região ucraniana de Dnipropetrovsk em três anos de conflito, em meio ao impasse nas negociações de paz

O Exército russo anunciou neste domingo (8) uma expansão sem precedentes de sua ofensiva militar para a região de Dnipropetrovsk, na Ucrânia, marcando a primeira incursão nesta área em mais de três anos de conflito. Esta movimentação ocorre em um momento de estagnação nas negociações de paz entre os países.

A entrada das forças russas em Dnipropetrovsk, embora ainda não confirmada por Kiev, representa um significativo desenvolvimento no conflito, especialmente considerando as dificuldades enfrentadas pelas forças ucranianas devido à escassez de recursos militares e humanos.

* O Exército russo declarou via Telegram que “as unidades da 90ª divisão blindada (…) alcançaram a fronteira oeste da República Popular de Donetsk e continuam sua ofensiva no território da região de Dnipropetrovsk”.

* As autoridades ucranianas reportaram uma morte em Makiivka, próximo à região de Donetsk, resultado de bombardeios russos, mas não se pronunciaram sobre o avanço russo em Dnipropetrovsk.

* A região de Dnipropetrovsk, que abrigava cerca de três milhões de habitantes antes da ofensiva russa de 2022, tem sido alvo frequente de ataques com drones e mísseis, principalmente em sua capital, Dnipro.

Contexto Estratégico

A região possui importante valor econômico devido à sua atividade mineradora e industrial, além de ter se tornado refúgio para milhares de ucranianos deslocados das regiões vizinhas de Donetsk e Luhansk.

O analista militar ucraniano Oleksii Kopitko avalia que um avanço russo em Dnipropetrovsk apresenta “muitos mais riscos do que vantagens” para Moscou, citando a “impossibilidade de concentrar tropas suficientes” para um avanço significativo.

As negociações de paz recentes em Istambul, mediadas pelos Estados Unidos, não produziram avanços significativos. Moscou mantém exigências consideradas inaceitáveis por Kiev, incluindo a retirada das forças ucranianas de quatro regiões anexadas e a desistência do processo de adesão à Otan.

A situação se complica ainda mais com o atraso em uma planejada troca de prisioneiros que deveria ter ocorrido no fim de semana, envolvendo cerca de 1.000 pessoas, com ambos os lados trocando acusações sobre o fracasso da operação.

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