Trabalhadores da rede municipal de educação de Belo Horizonte decretaram greve por tempo indeterminado a partir de sexta-feira (6). A decisão foi tomada após assembleia realizada na Praça da Estação, no hipercentro da capital mineira, em resposta à proposta de reajuste salarial de 2,49% apresentada pela prefeitura.
A mobilização já havia começado na quinta-feira (5), quando diversas escolas da cidade amanheceram fechadas devido a uma paralisação total promovida pelos movimentos sociais. Os profissionais da educação apresentam uma série de reivindicações fundamentais:
* Recomposição salarial alinhada aos índices do piso nacional do magistério, considerando que o percentual oferecido pela prefeitura está abaixo das expectativas da categoria
* Preenchimento imediato das vagas de professores, especialmente nas EMEIs (Escolas Municipais de Educação Infantil), onde a situação é considerada “ainda mais grave” segundo os manifestantes
* Adequação da carreira dos profissionais, que segundo os movimentos sociais, encontra-se defasada desde 2020
* Diminuição do número de alunos por sala de aula, visando garantir “qualidade no ensino e condições dignas de trabalho”
Uma nova assembleia geral foi agendada para quarta-feira (11), quando serão discutidos os próximos passos do movimento grevista.
Em resposta à situação, o prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião (União), manifestou-se durante a manhã de quinta-feira, demonstrando disposição para o diálogo. “Sempre há chance de negociação e estamos negociando. Temos que ver o que eles querem e o que a prefeitura pode dar, com muita responsabilidade. Querer dar é uma coisa, poder dar é outra coisa. Vamos continuar negociando porque temos um carinho muito grande com nossos professores”, declarou o prefeito.