Hugo Motta afirma que Câmara avalia ordem de prisão do STF contra Zambelli

Hugo Motta afirma que Câmara avalia ordem de prisão do STF contra Zambelli

Presidente da Casa, Hugo Motta, afirma que departamento jurídico avalia determinação de prisão ordenada pelo ministro Alexandre de Moraes

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), informou que o departamento jurídico da Casa está analisando a determinação de prisão contra a deputada Carla Zambelli (PL-SP), ordenada pelo ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF). A ordem de prisão foi emitida após a parlamentar, condenada a 10 anos de prisão pelo Supremo, ter deixado o país.

A análise da situação pela Câmara é necessária pois, conforme previsto na Constituição brasileira, caso a prisão seja efetivada, o plenário da Casa precisará decidir sobre a manutenção ou não da medida.

Principais desdobramentos do caso:

* Hugo Motta declarou: “A decisão foi tomada ontem, o jurídico da Câmara está se reunindo para ver quais serão as próximas etapas que precisamos cumprir sobre a decisão do STF. Quero trazer o nosso posicionamento até o final do dia. Eu procuro tratar com responsabilidades casos como este, sem precedente”.

* A deputada Zambelli classificou a decisão como “ilegal, inconstitucional e autoritária”, protestando também contra o bloqueio das contas nas redes sociais de seu filho de 17 anos e de sua mãe.

* Em nota, Zambelli afirmou que “denunciará” no exterior o que classificou como “abusos e perseguição” por parte do Supremo, declarando: “Denunciarei esse abuso, essa perseguição e essa escalada autoritária em todos os fóruns internacionais possíveis”.

Detalhes da Investigação

Investigadores trabalham com a hipótese de que Zambelli deixou o país pela Tríplice Fronteira, seguindo uma rota terrestre. Acredita-se que ela atravessou a divisa até Puerto Iguazú, próximo a Foz do Iguaçu, antes de seguir para Ezeiza, na província de Buenos Aires, de onde teria embarcado para os Estados Unidos.

O advogado Daniel Bialski, que representava Zambelli, alegou inicialmente que ela viajou para “dar continuidade a um tratamento de saúde”. Posteriormente, ele comunicou sua saída da defesa da deputada “por motivo de foro íntimo”.

A ordem de prisão foi determinada por Moraes por entender que a deputada saiu do país para escapar da “aplicação da lei penal”, tendo seu nome incluído na lista da Interpol. Apesar de ter tido o passaporte apreendido em 2023, o documento foi posteriormente devolvido pelo STF. Zambelli deixou o país antes da conclusão do julgamento de todos os recursos contra sua condenação na Corte, processo que pode resultar em prisão e perda do mandato parlamentar.

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