A Gaza Humanitarian Foundation (GHF), organização apoiada pelos Estados Unidos e Israel, anunciou hoje a suspensão da distribuição de alimentos na Faixa de Gaza. A decisão foi tomada após uma série de incidentes fatais envolvendo civis palestinos e forças israelenses durante operações de ajuda humanitária.
Nos últimos três dias, aproximadamente 50 pessoas perderam suas vidas e dezenas ficaram feridas durante tentativas de distribuição de alimentos, conforme relatado por autoridades de saúde locais e organizações internacionais. As forças armadas israelenses declararam que as vias de acesso aos pontos de distribuição são consideradas “zonas de combate”.
O alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Türk, classificou as mortes como “crimes de guerra”. Em resposta, Israel alegou que “os soldados deram tiros de advertência na direção de suspeitos que se aproximaram de uma maneira que colocou em perigo sua segurança”.
A situação crítica levou o Conselho de Segurança da ONU a programar uma votação para hoje à tarde, visando uma resolução que exige um cessar-fogo no território palestino. No entanto, existe a expectativa de que a medida seja vetada pelos Estados Unidos, principal aliado e fornecedor de armamentos para Israel.
A suspensão da distribuição de alimentos agrava ainda mais a já precária situação humanitária em Gaza, onde milhares de civis dependem da ajuda internacional para sobreviver. A GHF não especificou quando as operações de distribuição serão retomadas, deixando incerta a situação do abastecimento alimentar na região.