A consultoria PSR divulgou nesta segunda-feira um estudo revelando que o Brasil possui capacidade economicamente viável para instalar até 24 gigawatts (GW) de usinas solares flutuantes em reservatórios de hidrelétricas. Esta integração representa uma oportunidade significativa para ampliar e otimizar a capacidade do parque gerador nacional.
De acordo com o estudo da PSR, o potencial teórico para implementação de energia solar flutuante no Brasil é expressivamente maior, podendo atingir até 3.800 GW, considerando a extensão dos lagos das hidrelétricas que se distribuem por milhares de quilômetros quadrados no território nacional.
Pontos principais do estudo:
* O potencial viável economicamente foi calculado entre 17 GW e 24 GW, considerando limitações técnicas como disponibilidade de radiação solar e capacidade das subestações de energia conectadas às hidrelétricas
* Projetos piloto já estão em operação em escala reduzida (até 10 MW) por grandes empresas do setor, incluindo Eletrobras, Cemig, Emae e Auren
* A tecnologia apresenta possibilidades de expansão tanto na geração centralizada quanto na distribuída, atendendo desde grandes usinas até consumidores residenciais
* Os sistemas flutuantes podem reduzir a evaporação da água entre 30% e 50%, dependendo da área coberta do reservatório, contribuindo para a conservação dos recursos hídricos
Aspectos Econômicos:
O custo nivelado de energia (LCOE) de um sistema solar flutuante foi calculado em R$374 por megawatt-hora (MWh), valor superior ao sistema solar terrestre (R$343/MWh), principalmente devido ao maior investimento inicial. No entanto, a PSR indica que benefícios operacionais e ambientais podem compensar essa diferença.