A herpes é uma doença viral que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, manifestando-se principalmente através de vermelhidão, coceira e pequenas bolhas na pele. Existem dois tipos principais do vírus herpes simplex: o HSV-1, geralmente associado a lesões labiais, e o HSV-2, mais comum na região genital.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), um em cada cinco adultos no mundo possui infecção por herpes genital, com aproximadamente 846 milhões de pessoas entre 15 e 49 anos vivendo com a infecção. No Brasil, a Federação Médica Brasileira (FMB) indica que 95% dos adultos já tiveram contato com o vírus.
* A transmissão ocorre através do contato direto com a pele, saliva ou secreções de pessoas infectadas, especialmente durante períodos com lesões ativas, embora também possa acontecer sem sintomas aparentes.
* Os sintomas mais comuns incluem ardência ou formigamento no local, podendo aparecer dias antes das lesões visíveis. Lucas Albanaz, clínico geral e coordenador Médico do Hospital Santa Lúcia, afirma: “Em casos iniciais ou mais intensos, podem ocorrer febre, mal-estar e dor nos gânglios — mais conhecidas como ínguas. Muitos, porém, têm o vírus e nunca apresentam sintomas”.
* A prevenção inclui evitar contato direto com lesões, não compartilhar objetos pessoais e usar preservativo nas relações sexuais.
* O tratamento é realizado com antivirais específicos, que ajudam a reduzir a duração dos sintomas e a gravidade das lesões.
O infectologista Henrique Lacerda destaca que existe também a herpes zoster, causada pelo vírus varicela-zoster, que pode causar complicações sérias se não tratada adequadamente. Em 2022, o caso do cantor Justin Bieber, diagnosticado com a síndrome de Ramsay Hunt, uma complicação da herpes zoster, trouxe atenção para a gravidade potencial da doença.
A vacina contra herpes zoster, conhecida como Shingrix, é recomendada para adultos acima de 50 anos e pessoas a partir de 18 anos com risco aumentado, estando disponível apenas em serviços particulares, ainda não sendo oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
As complicações da herpes podem ser graves, especialmente em pessoas imunocomprometidas, podendo incluir desde infecções mais sérias até comprometimento visual ou auditivo em casos específicos.