Bolsonaro enfrenta maratona de depoimentos no STF

Bolsonaro enfrenta maratona de depoimentos no STF

Supremo inicia série de 81 audiências com testemunhas da trama golpista, incluindo ex-comandantes militares e governadores

O Supremo Tribunal Federal (STF) dá início nesta segunda-feira a uma extensa série de audiências para ouvir 81 testemunhas no processo da trama golpista. Entre os depoentes, um terço é composto por militares, incluindo membros do alto escalão das Forças Armadas, além de importantes figuras políticas como o ex-presidente Jair Bolsonaro.

A ação penal, que investiga o chamado “núcleo crucial” da suposta organização criminosa que teria tentado um golpe de Estado, tem oito réus, incluindo Bolsonaro e o ex-ministro Walter Braga Netto. As audiências devem se estender até o início de junho, com possibilidade de prorrogação.

Entre as testemunhas convocadas estão:

* Três ex-comandantes do Exército e da Aeronáutica, além do atual comandante da Marinha, Marcos Sampaio Olsen
* O ex-vice-presidente Hamilton Mourão, atual senador
* 13 ministros do governo Bolsonaro, incluindo o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o ex-ministro Paulo Guedes e o deputado federal Eduardo Pazuello

Depoimentos Cruciais

Os primeiros a serem ouvidos serão os indicados pela Procuradoria-Geral da República (PGR), com destaque para os ex-comandantes Marco Antônio Freire Gomes (Exército) e Carlos Almeida Baptista Junior (Aeronáutica), cujos depoimentos à Polícia Federal foram fundamentais para a investigação ao confirmarem que Bolsonaro apresentou uma proposta para reverter o resultado da eleição.

Anderson Torres, um dos réus, indicou 38 testemunhas, sendo o que mais solicitou depoimentos. A defesa de Bolsonaro incluiu tanto autoridades como Tarcísio e Mourão quanto funcionários de cargos técnicos, como Renato de Lima França, ex-Subchefe de Assuntos Jurídicos.

Um aspecto relevante é a presença de testemunhas relacionadas ao sistema eleitoral, incluindo o coronel Wagner Oliveira da Silva, que representou o Ministério da Defesa na comissão fiscalizadora, e Giuseppe Dutra Janino, considerado o “pai da urna eletrônica”.

Na última semana, o ministro Alexandre de Moraes negou o pedido da defesa de Bolsonaro para adiar as audiências. Após a conclusão dos depoimentos das testemunhas, será a vez dos próprios réus prestarem seus depoimentos.

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