Aluno sofre injúria racial em escola de Uberaba

Aluno sofre injúria racial em escola de Uberaba

Criança de 12 anos foi vítima de ofensas racistas por colega de classe na Escola Estadual Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco em Uberaba

Um caso de injúria racial contra um estudante de 12 anos foi registrado na Escola Estadual Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco, localizada no Bairro Estados Unidos, em Uberaba, Minas Gerais. O incidente envolveu ofensas racistas proferidas por um colega de classe.

De acordo com a advogada Ivanda Nivaldete, responsável pelo caso, o aluno era alvo frequente de xingamentos racistas, mas o registro oficial só foi realizado na última quarta-feira (7 de maio).

* O episódio mais recente ocorreu quando um colega de classe escreveu as palavras “macaco” e “negro” no caderno da vítima, levando os responsáveis a acionar a Polícia Militar para registro do boletim de ocorrência.

* A família do agressor foi chamada à escola, mas apenas retirou o estudante do local. No dia seguinte, o aluno que proferiu as ofensas pediu desculpas à vítima.

* Segundo relato da advogada nas redes sociais: “Ele foi chamado reiteradamente de “macaco” por um colega de sala de aula, alvo de gestos animalescos e teve seu caderno rabiscado com ofensas racistas. Esses atos, longe de serem “brincadeira”, foram minimizados por professores e pela gestão escolar”.

A Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG) informou que a escola tomou as providências necessárias, convocando os pais dos estudantes envolvidos para uma reunião com a direção e a equipe do Núcleo de Acolhimento Educacional (NAE). O Conselho Tutelar será acionado para prestar suporte ao caso.

A SEE/MG reiterou que repudia qualquer forma de discriminação racial e informou que o NAE da Superintendência Regional de Ensino de Uberaba realiza palestras e oficinas educativas focadas no combate ao bullying e ao racismo.

Vale ressaltar que, desde janeiro de 2023, a injúria racial é equiparada ao crime de racismo, com pena prevista de dois a cinco anos de prisão, além de multa. A Lei 10.639/2003 estabelece a importância do combate ao racismo na educação e a promoção da valorização da cultura negra.

A advogada Nivaldete destaca que o silêncio das autoridades é preocupante, pois a omissão institucional não apenas ignora o sofrimento, como também reforça a violência, sendo este caso um reflexo da falha social em proteger as crianças negras.

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