A Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) divulgou que as empresas alcançaram um marco histórico nas captações do primeiro quadrimestre de 2025, totalizando R$ 202,0 bilhões. O resultado representa um crescimento de 1,8% em comparação ao mesmo período do ano anterior.
As debêntures mantiveram sua posição de destaque no mercado de capitais, registrando um volume recorde de R$ 126,4 bilhões entre janeiro e abril, um aumento de 13,7% em relação ao mesmo período de 2024. A Anbima destaca que este é o maior volume já registrado para um primeiro quadrimestre desde o início da série histórica em 2012.
Principais destaques do período:
* As debêntures direcionaram 41,6% dos recursos captados para investimentos em infraestrutura, com prazo médio de 9,9 anos, superando os 7,7 anos do período anterior
* As notas comerciais apresentaram crescimento expressivo de 39,5%, alcançando R$ 8,2 bilhões em captações
* Os fundos de recebíveis (FIDC) atingiram outro recorde, com R$ 24,6 bilhões em ofertas, representando um aumento de 25,7%
* Os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e os CRAs (de Recebíveis do Agronegócio) registraram queda, captando R$ 15,4 bilhões e R$ 9,3 bilhões respectivamente, com reduções de 32,5% e 28,5%
No segmento de renda variável, os follow-ons movimentaram R$ 2,9 bilhões, com apenas duas operações realizadas em março e abril, pela Caixa Seguridade e pela companhia aérea Azul.
No cenário internacional, as ofertas de renda fixa alcançaram US$ 12,2 bilhões, demonstrando um crescimento de 10,8% em comparação ao mesmo período do ano anterior.