A Polícia Civil indiciou um fotógrafo de 24 anos e três vigilantes pelo crime de estupro de vulnerável contra uma mulher de 31 anos em Juiz de Fora. O crime ocorreu dentro da residência da vítima, localizada em um condomínio fechado no Bairro Cruzeiro de Santo Antônio, na Cidade Alta.
O fotógrafo, que segue foragido, também responderá pelo crime de produção de cena de sexo explícito ou pornografia de vulneráveis. A delegada Flávia Granado, responsável pelo caso, solicitou à Justiça a conversão da prisão temporária dos suspeitos em preventiva.
Sequência dos acontecimentos:
* A vítima estava em um restaurante no Bairro Cascatinha com duas amigas, onde consumiram bebidas alcoólicas. Por não terem condições de dirigir, o fotógrafo, que estava no mesmo evento, ofereceu ajuda para levá-la em casa.
* Após deixar a mulher em sua residência e ir embora, o fotógrafo retornou ao condomínio e, com a ajuda dos vigilantes, invadiu o imóvel pulando o muro.
* Segundo o relato da vítima aos policiais militares, um dos homens entrou em seu quarto e a estuprou. Devido ao seu estado de embriaguez, ela não conseguiu reagir.
* No dia seguinte, ao verificar as imagens das câmeras de segurança, a mulher reconheceu os suspeitos e procurou atendimento médico no Hospital de Pronto-Socorro (HPS), onde exames confirmaram as relações sexuais.
De acordo com os advogados Antônio Carlos de Oliveira Filho e Marcelo Rodrigues Furtado de Mendonça, que representam a vítima, as provas reunidas confirmam o relato dela, que estava “em estado de vulnerabilidade sem plena capacidade de discernimento”.
Os três vigilantes, com idades de 33, 41 e 48 anos, encontram-se detidos temporariamente no Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp). Segundo os advogados da vítima, “suas reações foram reflexas, influenciadas pelas circunstâncias externas. A conduta do investigado se torna ainda mais grave pelo fato de ele ter invadido a residência da vítima e registrado em vídeo o ato criminoso, sem consentimento, com o intuito de exposição, agravando os danos morais e psicológicos. A investigação conta com provas sólidas, incluindo registros que comprovam a invasão, reforçando a gravidade do ocorrido”.