O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, manifestou sua posição sobre a jornada de trabalho 6×1, classificando-a como “cruel”, durante visita à quinta edição da Feira Nacional da Reforma Agrária. O evento, organizado pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), acontece no Parque da Água Branca, em São Paulo.
Marinho expressou que, embora o governo seja favorável à redução da jornada de trabalho, é necessário estabelecer um “debate saudável” sobre o tema e sobre o fim da escala 6×1. No entanto, o ministro reconheceu que não vê possibilidade de uma mudança imediata nesse sistema de trabalho.
Durante sua participação no evento, o ministro destacou a importância da agricultura familiar: “Estamos mostrando para o Brasil o tamanho da eficiência dos assentamentos. A gente costuma dizer que a agricultura no Brasil é um grande fenômeno, um grande ativo do povo brasileiro e tem espaço para todo mundo”.
Em relação ao esquema criminoso que prejudicou aposentados e pensionistas com descontos não autorizados em benefícios, Marinho garantiu que todos os afetados serão ressarcidos pelo governo.
João Paulo Rodrigues, da Coordenação Nacional do MST, ressaltou a magnitude do evento, destacando a presença de “1.850 itens diferentes” e “500 toneladas de produtos”. A feira também contou com a presença da ministra das Mulheres, Márcia Lopes, que expressou sua admiração pelo movimento e compartilhou que recebeu orientações do presidente Lula para garantir a participação das mulheres nas decisões das políticas públicas.
A ministra Márcia Lopes indicou que, embora esteja dando continuidade à agenda de sua antecessora, Cida Gonçalves, algumas mudanças devem ser implementadas no ministério.