Rui Costa questiona atuação da CGU em fraudes do INSS

Rui Costa questiona atuação da CGU em fraudes do INSS

Ministro da Casa Civil critica órgão por não ter alertado governo federal sobre esquema criminoso que desviou R$ 6,3 bilhões em descontos de aposentadorias

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, fez duras críticas à Controladoria-Geral da União (CGU) nesta quinta-feira (8/5) por não ter alertado o governo federal sobre o esquema criminoso envolvendo descontos irregulares em aposentadorias do INSS. O esquema, segundo investigações, resultou no desvio de aproximadamente R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024.

Em declaração ao jornal O Globo, Rui Costa enfatizou a diferença entre os papéis dos órgãos de controle: “O papel da Polícia Federal é apurar o crime. O da Controladoria é impedir o crime. São naturezas diferentes. A Controladoria-Geral tem o papel de evitar o problema, apontar falhas de procedimentos”.

O ministro destacou que a CGU, atualmente sob comando de Vinícius Marques de Carvalho, não apresentou adequadamente a dimensão do caso ao ex-ministro da Previdência Carlos Lupi, que acabou pedindo demissão devido ao escândalo. Segundo Costa, essa falha resultou em uma resposta tardia do governo à crise: “Ao fim e ao cabo, nós deixamos passar dois anos, período no qual mais pessoas foram lesadas, para poder corrigir o problema?”

O esquema fraudulento foi descoberto pela Operação Sem Desconto, realizada em conjunto pela Polícia Federal e CGU em 23 de abril. Como consequência, o INSS suspendeu os descontos e analisa formas de ressarcir os aposentados afetados. O governo federal organizou uma coletiva de imprensa no Palácio do Planalto para apresentar atualizações sobre o caso.

Rui Costa, que estava na China quando as fraudes foram reveladas, ressaltou a necessidade de uma análise detalhada: “Primeiro, precisamos de um raio-x para separar o joio do trigo. Os valores que temos são uma estimativa. Tem entidades que há mais de 20 anos descontam na folha e nunca tiveram questionamentos. Supõe-se então que uma boa parte não terá problemas. Se o serviço prometido estava sendo entregue ou não é um problema de outra ordem. Para quem autorizou (não é devida reparação), mesmo que ele tenha sido enganado”.

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