Minas Gerais enfrenta uma grave crise de saúde pública com 397 óbitos registrados devido a complicações causadas por síndromes respiratórias agudas graves (SRAGs). Com uma média de 3,4 mortes diárias, o estado declarou situação de emergência após contabilizar 26,8 mil internações, segundo dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES).
A situação é particularmente preocupante entre os grupos mais vulneráveis, com destaque para:
* 2.587 pacientes com idade até 1 ano foram hospitalizados
* 15.130 pessoas acima de 60 anos precisaram de internação
* Os números podem ser ainda maiores, pois o balanço considera apenas notificações até 26 de abril
O Governo de Minas estabeleceu estado de emergência por 180 dias, permitindo:
* Adoção imediata de ações administrativas e assistenciais
* Ampliação da capacidade de resposta do estado
* Contratação de profissionais e aquisição de insumos
* Criação do Centro de Operações de Emergências em Saúde por Síndrome Respiratória Aguda Grave (COE-Minas-SRAG)
Para enfrentar a situação, a SES-MG iniciou repasses financeiros para hospitais que disponibilizarem ou adaptarem leitos clínicos para atendimento pediátrico de SRAG. O Hospital Infantil João Paulo II, da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), em Belo Horizonte, já abriu 12 leitos semi-intensivos, focados principalmente em casos de bronquiolite em crianças, com capacidade para expandir para 10 leitos de CTI pediátrico se necessário.
Profissionais de saúde reforçam a importância da vacinação contra gripe, já disponível para toda população acima de 6 meses nos postos de saúde de Belo Horizonte. Devido ao aumento de casos de gripe e Covid, médicos da Unimed-BH recomendam o uso de máscaras de proteção em ambientes fechados ou com aglomerações.