O meia Miguelito, do América, foi preso em flagrante no domingo (4) após ser acusado de injúria racial contra o atacante Allano, do Operário-PR. O incidente ocorreu durante partida da 6ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro, no estádio Germano Krüger, em Ponta Grossa, Paraná, causando uma paralisação de aproximadamente 15 minutos no jogo.
De acordo com o relato do atacante do Operário-PR, o episódio aconteceu aos 30 minutos do primeiro tempo, quando Miguelito teria proferido uma expressão racista após uma disputa de bola. O capitão do Operário, Jacy, confirmou ter ouvido a ofensa em seu depoimento.
* A acusação levou à prisão em flagrante de Miguelito, mesmo sem registros audiovisuais da fala, já que o atleta estava de costas para as câmeras
* O América está prestando apoio jurídico ao jogador, que está acompanhado do supervisor Daniel Negrão e do presidente do América SAF, Dower Araújo
* Miguelito alega ter usado outra expressão ofensiva, não racial
* O clube mineiro aponta inconsistências nos relatos, alegando que existem três versões diferentes do ocorrido: uma mencionada em campo, outra na delegacia, e uma terceira relatada por Jacy
* O jogador passou a noite detido e deve participar de audiência de custódia virtual nesta segunda-feira (5)
* O crime não permite pagamento de fiança e pode resultar em pena de até cinco anos de reclusão
* A Polícia Civil continua investigando o caso e busca imagens adicionais junto aos canais de transmissão da partida
Durante o mesmo jogo, houve ainda uma segunda denúncia de racismo, desta vez envolvendo um torcedor do Operário-PR, que foi acusado pelo zagueiro Pedro Barcelos, do América. O torcedor foi identificado e retirado da arquibancada com auxílio da Polícia Militar e dos próprios jogadores do América.
A partida foi retomada após a paralisação, com ambos os jogadores, Allano e Miguelito, permanecendo em campo. O VAR não foi acionado para análise das acusações contra o meia americano.