A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou nesta terça-feira (29 de abril) seu primeiro levantamento da safra de cana-de-açúcar 2025/26, projetando uma produção de 663,44 milhões de toneladas, representando uma queda de 2% em relação à safra 2024/25.
O estudo da Conab revela que a área destinada ao cultivo permanece praticamente estável, com um discreto aumento de 0,3%, totalizando 8,79 milhões de hectares. No entanto, a produtividade média dos canaviais apresenta uma redução estimada em 75.451 quilos por hectare, 2,3% menor que a safra anterior, principalmente devido às condições climáticas desfavoráveis em 2024.
* A região Sudeste, principal produtora do país, deve registrar queda de 4,4% na colheita, totalizando 420,2 milhões de toneladas. São Paulo foi especialmente afetado por baixo índice pluviométrico, altas temperaturas e focos de incêndio nos canaviais.
* O Centro-Oeste projeta crescimento de 2,1% na produção, atingindo 148,4 milhões de toneladas, impulsionado pelo aumento de 3,4% na área cultivada.
* A região Sul mantém produtividade estável em 69 mil quilos por hectare, com área expandida em 2,3%, resultando em produção de 34,4 milhões de toneladas.
* O Nordeste prevê aumento de 3,6% na produção, chegando a 56,3 milhões de toneladas, beneficiado por incremento de área e melhores produtividades.
* A região Norte projeta produção de 4,2 milhões de toneladas, com produtividade estimada em 82.395 kg/ha.
Apesar da redução na safra de cana, a Conab prevê recorde na produção de açúcar, podendo atingir 45,9 milhões de toneladas. Por outro lado, a produção total de etanol deve apresentar queda de 1%, estimada em 36,82 bilhões de litros, considerando tanto o derivado da cana quanto do milho.
O etanol de cana deve registrar queda de 4,2%, compensada parcialmente pelo aumento de 11% na produção de etanol de milho, que deve passar de 7,84 bilhões para 8,70 bilhões de litros.