A justiça climática emerge como tema central em conferência nacional liderada pela Ministra Marina Silva, destacando a urgência de ações contra as mudanças climáticas e seus impactos desproporcionais sobre populações vulneráveis. O evento aborda cinco eixos fundamentais para a política ambiental brasileira.
A conferência nacional é resultado de um amplo processo participativo que incluiu 439 conferências municipais, 179 intermunicipais, envolvendo 1.759 municípios, e 287 conferências livres em todos os estados. O evento conta com 1.501 delegados, com expressiva representatividade de mulheres (56%) e pessoas negras e pardas (65%).
* Justiça climática como tema prioritário, focando no impacto desproporcional da crise climática sobre populações vulneráveis
* Mitigação e adaptação às mudanças climáticas, incluindo preparação para desastres naturais
* Transformação ecológica e governança ambiental
* Educação ambiental como ferramenta de conscientização
* Definição de propostas prioritárias para política ambiental nacional
* Redução de 470 milhões de toneladas nas emissões de gases de efeito estufa até 2025
* Meta de redução para 1,2 bilhão de toneladas de carbono até 2030
* Objetivo de neutralidade nas emissões até 2050
* Combate ao desmatamento, especialmente no Cerrado, que registrou aumento de 43% em 2023
Marina Silva enfatizou a gravidade da situação: “Estamos vivendo uma situação de emergência climática no planeta com o agravante de fenômenos e de problemas que sequer temos condições de mensurar neste momento”.
A ministra também destacou a necessidade de transformação nos modelos produtivos: “O desafio da transformação ecológica é também criar um novo ciclo de prosperidade, que seja compatível com o desafio que a humanidade está vivendo, sobretudo buscando soluções baseadas na natureza, produtos e materiais baseados na natureza”.
A conferência culminará na seleção de 100 propostas prioritárias que orientarão as políticas ambientais do país, preparando o terreno para a participação do Brasil na COP30, que acontecerá em Belém. O evento representa um momento crucial para o estabelecimento de novos compromissos climáticos e para a consolidação da posição brasileira como líder em sustentabilidade ambiental.