Ibovespa atinge maior nível desde setembro de 2024

Ibovespa atinge maior nível desde setembro de 2024

Principal índice da bolsa brasileira sobe 1,79% impulsionado por negociações entre EUA e China e sinais positivos do Banco Central

O Ibovespa registrou expressiva alta nesta sessão, atingindo 134.580,43 pontos, uma valorização de 1,79%, marcando seu maior nível de fechamento desde 17 de setembro de 2024. O desempenho positivo foi impulsionado pela combinação de fatores externos favoráveis e indicadores domésticos promissores.

O rali do principal índice da bolsa brasileira foi sustentado por três elementos principais:

* Anúncio de reuniões entre Estados Unidos e China, confirmado pelo presidente Donald Trump, sinalizando possível avanço nas relações comerciais entre as duas maiores economias do mundo.

* Expectativa de novos estímulos econômicos por parte da China, com o banco central chinês (PBoC) anunciando injeção de 600 bilhões de yuans (aproximadamente US$ 82,34 bilhões) em liquidez no sistema financeiro.

* Comunicação mais flexível do diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen, que destacou a importância da moderação da atividade econômica para a convergência da inflação à meta.

O mercado reagiu positivamente às declarações do diretor do BC, resultando em quedas significativas nos juros futuros, superiores a 20 pontos-base nos vértices intermediário e longo. Este movimento beneficiou especialmente as ações cíclicas, com destaque para Hypera (+12,27%), Magazine Luiza (+10,80%) e Petz (+9,65%).

O setor de mineração e siderurgia também apresentou bom desempenho, mesmo com a ligeira queda no preço do minério de ferro. “Eventuais possibilidades de negociação com os EUA já trazem a expectativa de que os preços das commodities tendem a subir novamente”, avaliou o economista Ian Lopes, da Valor Investimentos.

O movimento de alta do Ibovespa foi parcialmente contido pelo desempenho negativo das ações da Petrobras, que recuaram 0,46% (PN) e 0,73% (ON), influenciadas por incertezas relacionadas ao preço da gasolina e à exploração na Margem Equatorial.

“Com os sucessivos recuos de Trump em relação a grandes taxações, os investidores começam a entender que pode até haver uma desaceleração econômica, mas não a ponto de haver uma recessão”, comentou o analista Inácio Alves, da Melver.

O cenário positivo foi reforçado pela China, que anunciou medidas para impulsionar o comércio exterior e enfrentar as tarifas americanas, enquanto Trump mencionou um prazo de “duas a três semanas” para revisar as tarifas comerciais.

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